Lisboa, 1975. O palco do Teatro Villaret abriu-se pela primeira vez para Rita Ribeiro, como protagonista do irreverente musical “Godspell”. A menina de 20 anos revelou-se uma promessa no mundo do espetáculo e, com o passar do tempo, não parou de reunir êxitos no seu currículo.
A atriz e cantora está atualmente a celebrar quatro décadas de carreira e completou este mês 60 primaveras. Já bisavó e com uma vida cheia, a artista garante que mal deu pelo tempo passar. “Sinto-me igual! Encaro tudo com grande espanto. Continuo a ser uma grande sonhadora. Não fico presa ao passado, vivo o momento”, afirma Rita Ribeiro, que faz um balanço bastante positivo dos últimos anos, acrescentado que o melhor de tudo é “viver em paz”: “Sinto amor por todo o caminho que já percorri. O mais importante é sentir-me bem e relativizar o resto. Vivi muitas coisas boas e más, mas essas apaguei-as”.
Do início da sua carreira, lembra que lhe diziam que “tinha mau feitio (risos)”, mas que, com o passar do tempo, esse traço de personalidade deixou de ser tão acentuado. Entre os êxitos que alcançou, destaca espetáculos como “Maria Callas”, “Passa por Mim no Rossio” ou “What Happened to Madalena Iglésias?”, sob encenação de Filipe La Féria, assim como as revistas à portuguesa nos teatros do Parque Mayer ou os vários programas de TV que integrou. “Tudo o que fiz foi com muita entrega. Noto que já apareço com grande regularidade na RTP Memória”, brinca. Em TV tem uma participação pouco constante, mas, nos palcos, continua no ativo. “Tenho saudades de fazer TV, mas não me sinto injustiçada. Não sinto falta de estar nas luzes da ribalta.”