Mundial: trio de arbitragem feminina pela primeira vez numa competição Mundial. Stéphanie Frappart, Neuza Inês Back e Karen Diaz Medina são as mulheres que apitam o Costa Rica-Alemanha que se realiza hoje, às 19 e será transmitido pela Sport TV.
Mundial: trio de arbitragem feminina
Hoje faz-se história e celebra-se mais uma conquista. Num país em que o valor das mulheres é muito pouco (ou nenhum), as senhoras são as primeiras a entrar em campo. Por isso, há que assumir que um Mundial que “deixa as senhoras entrar primeiro” acaba por ser um “Mundial Cavalheiro”.Depois de tanto já se ter escrito sobre a discriminação e os direitos humanos, “abre-se aqui uma janela para entrar alguma brisa”. Sem dúvida, é preciso não esquecer que ser-se do género feminino no Qatar significa que se necessita de autorização para viajar ou para ter acesso ao estudo. Por isso, existirem três mulheres a apitar um jogo é um passo de Gigante.
Stéphanie Frappart tem 28 anos e é francesa. Após uma carreira a dar chutos na bola, Stéphanie percebeu que não era a jogar que era feliz, mas a analisar e a comandar o jogo. Pertence à elite de árbitros da FIFA desde 2009.

A francesa não teme a pressão de arbitrar um jogo de tão grande importância. Contudo, tanto a Alemanha como a Costa Rica precisam ganhar para avançar na competição. Stéphanie está habituada a lidar com a pressão: “Eu fui a primeira árbitra em França, a primeira na Europa, sempre a primeira. Sei como lidar com isso”, referiu há pouco tempo numa entrevista a um orgão de comunicação europeu.

A brasileira Neuza Inês Back e a mexicana Karen Diaz Medina, ambas com 38, complementam a equipa feminina de árbitros da partida. Mas há ainda um homem: o quarto árbitro, o hondurenho Héctor Said Martínez Sorto, de 31 anos.
