O operador da central do 112 nem queria acreditar. Um homem anunciava-lhe ser o autor dos disparos que vitimaram Alexandra Neno e Diogo Ferreira há cinco anos. Eram 8.10 h do dia 21 de Novembro último. Por instantes, o polícia duvidou do que ouvia (10% das chamadas são falsas), mas o seu interlocutor dizia que queria marcar encontro com as autoridades e entregar-se. Não conseguia viver mais com a culpa daquele segredo. A chamada foi encaminhada e era tão verdadeira que pouco depois Paulo Almeida se entregava de facto a (ainda incrédulos) agentes da PSP, perto da sua área de residência. Num jardim da Bobadela, em Loures, apareceu sozinho e entregou uma arma de calibre 6.35 mm adaptada e dez munições. Estava calmo e agastado e assim, já perto da hora do almoço, se deixou levar para a PJ. Ao mesmo tempo que ocorria o seu primeiro interrogatório, decorriam no Laboratório de Polícia Científica da PJ análises à arma e munições, bem como comparações com as impressões digitais recolhidas há cinco anos no local do crime.
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