Eduardo Beauté tem resistido ao pagamento de uma indeminização que lhe foi atribuída em 2015 pelo Tribunal da Relação e que ronda os 16 mil euros. Tudo se deve a um caso que terá ocorrido em 2012. Em causa está o ocorrido à filha de 16 anos de Adozinda Melo, que se dirigiu ao salão de cabeleireiro do hairstylist para fazer madeixas e terá ficado com uma queimadura de 2º grau e um início de infeção, que resultaram numa cicatriz de quase 4 centímetros na cabeça. Desde aí se encetou uma batalha entre ambos os lados, sendo que o cabeleireiro alega que o caso se trata de mero “oportunismo”.
O que terá acontecido
A filha de Adozinda alega que saiu do estabelecimento de Eduardo Beauté a queixar-se de um ardor na cabeça. Acabou por se formar uma bolha no local e o cabelo em volta caiu. Uma semana depois, dirigiu-se ao hospital de Santa Maria, onde lhe foi diagnosticada uma queimadura de 2º grau. A primeira atitude da mãe foi marcar uma reunião com o cabeleireiro. Beauté acedeu e quis ver a lesão com os seus próprios olhos, acabando por afimar que nunca na sua carreira vira algo assim, tão grave. Adozinda diz que, na altura, este se desculpou e até colocou algumas sugestões para tentar consertar a situação, oferecendo um brushing à lesada e incentivando um novo corte – já que uma franja poderia ajudar a esconder a pelada com que esta ficou do lado direito do couro cabeludo. Transferiu 100 euros para a conta de Adozinda, comprometendo-se a assegurar ainda quaisquer faturas resultantes de tratamentos necessários – a progenitora da jovem diz que esse dinheiro nunca surgiu.
Como não conseguiu chegar a acordo com Eduardo Beauté, Adozinda contratou uma advogada e tentou colocar-lhe uma ação em tribunal. Pediu uma indemnização de 50 mil euros por danos não patrimoniais, com um valor acrescido de 4880 euros por danos patrimoniais (pela lesão sofrida na sequência das madeixas). Adozinda concorda que o valor pode parecer elevado, mas refere que quem o sugeriu foi a advogada, ciente de que o tribunal o diminuiria. A cliente alegou que os “100 euros que o cabeleireiro decidiu pagar eram insuficientes, pois só o champô seco receitado pelo hospital custou 30”.
Em tribunal
Em 2015, o tribunal condenou Beauté ao pagamento de cerca de 16 mil euros no total, por danos patrimoniais e não patrimoniais, aos quais se deveriam descontar os 100 euros já pagos pelo cabeleireiro. Este recorreu, mas o Tribunal não voltou atrás com a decisão – o juiz Eurico dos Reis ainda acrescentou, na resposta, que ninguém é obrigado a viver com uma cicatriz daquelas e que, mais tarde ou mais cedo, estes serão os custos de uma necessária cirurgia estética.
Agora
A mãe da jovem de 16 anos garante que aquilo que a move não é o dinheiro. “Eu é que sei o que eu e a minha filha passámos, sem dormir, com dores, ela com a cabeça em carne viva, a fazer tratamentos e mais tratamentos”, conta nas declarações à SAPO24.
A guerra parece estar longe de acabar. Meio ano depois de ser proferido o acordão, a indemnização continua por pagar e o arguido continua com a sua versão dos eventos. Em declarações à SAPO24, o cabeleireiro diz que a situação se trata de “oportunismo”. “Aquela senhora, que também fez queixa na Deco, o que quer é ganhar dinheiro e viu ali uma oportunidade, achou que o nome Beauté, uma pessoa conhecida, devia ser rico”.
O cabeleireiro continua a defender a sua convicção que é impossível tal ferida ter sido feita no cabeleireiro, mesmo que quem tenha efetuado as madeixas se tratasse de um funcionário seu. “Aquilo parecia feito com ácido”.
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