Diogo Morgado não conseguiu ficar sem reagir ás notícias que surgem em alguns órgãos de comunicação social sobre o seu afastamento dos avós. Revoltado com a forma como a situação está a ser tratada, o ator escreveu um texto nas redes sociais:
“É grave. É muito grave. Custa-me mesmo muito ter de me pronunciar, mas alguma coisa tem de ser escrita acerca disto.
Na mesma semana em que estreia o primeiro filme Original da Netflix com um Português como protagonista, e onde isso é referencia para muito pouca imprensa, nessa mesma semana é publicada uma capa que devia envergonhar o mais comum dos mortais.
Deram-se ao trabalho de viajar até Ferreira do Zezêre, até ao funeral do meu avô para fotografar sangue, morte e desgraça. Como não conseguiram… porque estava fora do País a trabalho, fizeram-na eles.
Aproveitaram-se de um dos momentos mais frágeis da minha avó e extorquiram-lhe depoimentos que não têm outro propósito a não ser vender.
Uma senhora que no maior momento de dor, em que perde o seu companheiro, é provocada a falar. Numa outra revista é ainda explicada a razão da contenda dentro da familia e a origem do afastamento como se de uma tese de mestrado se tratasse.
Eu pergunto-me quem é que não tem ou nunca teve divergências e zangas e afastamentos na sua familia? Provavelmente muitos dos que escreveram estas noticias têm aqui a satisfação mesquinha de sentir que afinal as suas familias até são normais e comuns.
Portanto aqui vai… Sim é verdade que não tinha relação com os meus avós, assim como há razões para isso que remontam a um tempo de criança. Isso não quer dizer que não me custe a sua perda. Não fui ao funeral porque não estava no país.
Sim é verdade que tenho questões na familia, como muitos dos que me lêem têm.
Não, não faltei a nenhum aniversário do meu filho. São a coisa que mais amo neste Mundo. Não fui em ferias secretas e não, não tenho nenhuma relação com a Joana de Verona.
E adianto-me já ás próximas noticias… Também não tenho nenhum problema de saúde ou implante capilar, rapei o cabelo por motivos profissionais, para rodar um filme que produzi e filmei em Portugal, porque estupidamente continuo a achar que vale a pena.
Pergunto-me se foi a este ponto que chegámos como sociedade?
A um ponto em que vale absolutamente tudo para vender e massacrar.
Ingenuamente sempre pensei que havia um grupo que servia orgulhosamente esse propósito.
Quem concorre a um reality show sabe ao que vai, quem faz as produções fotográficas na piscina a segurar o cocktail, quer que se falem delas. Quem vai a todos os eventos da socialite quer capas sobre a sua vida. Quem liga para as revistas a pedir entrevistas e a dizer aos paparazzi onde vai estar, não quer outra coisa senão que se fale delas.
Eu só quero uma coisa meus amigos. Quero paz, quero saúde para continuar a fazer o que amo e quero ser tratado com o mesmo respeito com que sempre tratei todos os que me rodeiam, inclusive jornalistas.
Da vida pessoal especulem o que especulem só nós próprios é que sabemos a verdade, as razões e os factos. Nunca fiz da minha vida pessoal objecto artístico. Se tiver de passar a fazer, retiro-me ou imigro.
Mais uma vez o meu mais profundo obrigado a todos os que me seguem e acompanham nestes 22 anos de histórias.
Não comprem lixo, não fomentem lixo, sorriam mesmo quando não há forças, vejam o lado bom da vida mesmo quando ela insiste em nos deitar abaixo.
Farei de tudo para continuar a contar boas histórias muitas delas que inspirem isso e honrar o vosso apoio.”