
No programa da RTP1 “A Nossa Tarde”, Marina Mota foi entrevistada por Tânia Ribas de Oliveira. A atriz, que teve de interromper a digressão do seu espetáculo de comédia “E Tudo o Morto Levou” (à semelhança de grande parte das companhias teatrais – não subsidiadas – e de muitos setores culturais que estão parados há largos mesmes), criticou a falta de apoios do Governo à cultura. Uma luta da classe artística que dura há vários anos e que se agravou severamente agora devido à pandemia, com inúmeros profissionais parados e sem perspetivas de regressar à sua atividade. A veterana artista, que está a celebrar 48 anos de carreira, propõe um “desafio”, em modo crítica, para que, de uma vez por todas, se entenda a importância da cultura no País e no mundo.
“Não sei se é possível, mas gostaria que, pelo menos durante só 48 horas – acho que não seria preciso mais – que não fosse permitido ouvir nada na Spotify, que não fosse permitido ver Netflix, que não houvesse nada, nada onde as pessoas do meu sector fizessem parte. Desliguem todas as rádios, deixem tudo em silêncio e os ecrãs todos a negro. E pode ser que assim percebam a falta que nós fazemos”, disse.
O vídeo (ver em baixo) está a tornar-se viral nas redes sociais entre artistas e não só. A classe pretende 1% do Orçamento de Estado para a cultura.