Catarina Furtado foi uma das oradoras da Web Summit nesta quarta-feira, dia 3. A apresentadora e embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas abordou temas como a saúde mental das mulheres, a desigualdade de género, os diretos humanos, violência doméstica a casamento forçado numa conversa com Sofia Nunes e moderação da jornalista Charlotte Jee.
“Mulheres de todas as idades são atacadas em frente a uma audiência global e são deixadas sozinhas atrás do ecrã, com impacto na saúde mental”, referiu Catarina Furtado, salientado que “o digital é essencial para garantir o potencial e as respostas de raparigas e mulheres”. “Acredito que a tecnologia e o digital podem fazer a diferença. Temos de ter a vontade, o compromisso e o desafio”, Recordou que, a nível mundial, as mulheres têm “quatro vezes menos acesso” a meios digitais, e que estas se “movem das ruas para a web e para falar. Isto é muito poderoso”.
A apresentadora apelou ao fim dos estereótipos e salientou que este ainda se sente na conciliação. “As mulheres têm ainda muitas dificuldades em equilibrar trabalho e vida doméstica e são menos no topo de empresas, nos governos.”
Após esta participação, Catarina Furtado mostrou-se feliz por ter estado “em frente a uma extraordinária plateia de mais de 20.000 pessoas” a “partilhar a minha honestidade”. E referiu ainda ser “um verdadeiro privilégio (por mais responsabilidade e nervos que acarreta, não poderei nunca recusar) falar em nome das milhares de meninas e mulheres que têm voz mas não lhes é dada a oportunidade de subir a um palco e reivindicar os seus direitos violados!”