Embora ande a mil com a peça “Um Amor de Família”, em cena no Teatro Eunice Muñoz, em Oeiras, mas que vai correr o País, começando a digressão em Mirandela, Sofia Alves, 48 anos, já tinha tudo planeado para este Natal quando foi feita esta entrevista, uma reunião de família que conta com um novo membro para tornar tudo mais especial. Martim, com 3 meses, filho de Rita Cleto, enteada da atriz, e de Marco Homem de Sá, o primogénito de Nuno Homem de Sá, é o “Menino Jesus” de todos. Nesta altura do ano, a pérfida Carlota da novela “A Serra” gosta de cumprir a tradição e de mimar os seus ainda mais.

Qual é a sensação de voltar ao teatro em tempo de pandemia?

Regressar e ter casas cheias tem sido um misto de prazer, de vitória e, ao mesmo tempo, algo triste por vermos as pessoas com máscaras. Mesmo que o espetáculo seja maravilhoso, naquele momento em que vamos aos agradecimentos, sabemos que ainda estamos todos nesta luta desesperante. Só conseguimos ver que estão felizes pela densidade de palmas que batem no fim. São tempos muito difíceis para todos.

Rir é o melhor remédio quando a vida está tão dura?

Sem dúvida! Neste momento, rir é o melhor que podemos dar a todos os espectadores e também o melhor que podemos receber como atores. Gostamos de ouvir as gargalhadas do público. Enquanto atriz, estou a trabalhar num registo cómico, tentando descolar-me do trabalho anterior, muito dramático, e estou contente.

É apaixonada por teatro. Onde entra a televisão nesta fase da sua vida?

Sim, sou apaixonada pelo teatro, mas também gosto de televisão. Neste momento, estou comuma novela no ar, que é líder, e tenho de deixar que termine e depois, com calma, pensarei no que vou fazer. Gosto do género novela, que foi o que mais fiz ao longo da minha carreira. Aprecio a adrenalina, a disciplina, a loucura. É difícil, exigente, mas obriga-nos a ter uma certa endurance [resistência].

Gostou de fazer “A Serra”?

Sim, foi tudo feito nestes tempos difíceis da pandemia. Teve de existir, da parte de todos, uma entrega muito rigorosa em todas as áreas. A qualquer momento, o telefone podia tocar e irmos todos para casa de quarentena. Fiz dezenas de testes à Covid-19.

Foi também uma produção em que passou por um problema de saúde grave, sofreram a perda de Maria João Abreu… Como é que se faz um papel já por si duro com todas estas condicionantes?

Foi terrível! A perda da Maria João foi algo de que ninguém se vai esquecer nunca. Era uma grande atriz, foi uma partida muito dolorosa para todos, de enorme sofrimento para a sua família. Foi tudo muito triste. No meu caso, a vida quis fazer-me esta surpresa e foram tempos difíceis. Coloquei o lugar à disposição, mas o Daniel [Oliveira, diretor de Programas da SIC] foi amigo. E, claro, todos na SP Televisão [produtora] fizeram e esforçaram-se muito para que tudo corresse pelo melhor e assim aconteceu. Agradeço muito a todos, como também aos meus companheiros e colegas da novela.

O que ainda podemos esperar de Carlota? Vai surpreender mais?

Se vai… O melhor ainda está para vir! Ela é terrível e vai surpreender toda a gente.

Estamos na quadra mais festiva do ano. A Sofia é crente. O que significa o Natal para si?

Estamos no advento, que é, ao mesmo tempo, o início de um novo ano para os cristãos e que termina o seu tempo para dar o arranque a um outro tempo, o do Natal. Este período é maravilhoso, o de um novo nascimento. Em pandemia, temos todos de acreditar que, este ano, a natividade vai trazer a luz de que todos precisamos.

Decora a casa com árvore de Natal, luzes e presépio?

Claro, com tudo! E este ano temos um elemento novo e maravilhoso que é o nosso neto, tornando tudo ainda mais especial. Vamos ver como é que ele vai reagir a esta agitação toda.

É o vosso Menino Jesus?

Claro, o nosso Martim. Ele é a coisa mais linda! Sou uma avó babada. Não podia pedir mais. Estamos na fase de namoro do bebé, que tem 3 meses, e é extraordinário. Veio unir ainda mais a família, que cresceu com o Nuno [Homem de Sá], agora meu compadre. A vida é surpreendente! Os miúdos estão encantados. Eles não se conheceram através de nós. Neste caso, foram os filhos que aproximaram os pais.

Como é ser avó ainda tão nova?

É muito bom, é uma sensação de continuidade de todos.

Gosta de dar presentes?

Adoro! Gosto de olhar para um presente e de dizer: “Isto, ele ou ela vai gostar, tem a sua cara”. Sem exageros. O Natal não é para ser uma data de consumismo, o importante é o nascimento do Menino Jesus e não o Pai Natal com o seu saco cheio de belos presentes.

Já os conseguiu comprar?

Alguns sim. Muitos deles comprei online. Ainda assim, o mais importante não são os presentes mas, sim, a luz que acende o nosso coração quando os olhos deles brilham ao abrir uma prenda. E, para nós, não é só o neto mas todos os nossos filhos que serão sempre crianças para nós.

É uma boa cozinheira? O que vai fazer neste Natal?

O meu marido [o encenador Celso Cleto] diz que sim! E o resto da família também. No Natal, todos colaboramos, mas adoro fazer o tradicional: o bacalhau e o peru. A minha sogra faz muito bem doces, especialmente aletria, e a Rita é vegetariana, portanto há sempre um prato para ela. Vão ser muitos quilos a mais. Um susto (risos)!  

E como festejam a quadra?

Reunimo-nos todos à mesa e depois vamos à Missa do Galo.

O que não pode faltar na mesa?

O bacalhau com todos, o peru, o bolo-rei, as filhós e rabanadas e mais uma enormidade de doces, em que a aletria da minha sogra é a rainha. E sempre um bom queijo da Serra e vinho do Dão. Mas o que não pode mesmo faltar este ano, em todas as casas, é a segurança. Não podemos correr riscos como foram cometidos no passado. Esta doença não é para brincadeiras. Um feliz Natal é também um Natal seguro.

Reúne quantos elementos?

Já somos dez, mas é possível que venham mais uns quantos. Gosto de receber amigos também e, claro, a mesa continua posta para o 25. Como o Celso faz anos a 26, são três dias de festa!

O Celso ajuda?

Ajuda, mas está sempre dispensado, apenas escolhe as bebidas.

Têm uma parceria para a vida e no trabalho também…

Sim, sou uma mulher com muita sorte. Gostamos muito um do outro e também de trabalhar juntos. O Celso é um encenador maravilhoso.

É fácil ser encenada pelo marido?

Eu gosto, ele sabe muito bem o que quer e é muito fácil de trabalhar com ele. Há uma regra: nunca trazemos trabalho para casa.

Que balanço faz deste ano que chega, agora, ao fim?

Ainda não consigo fazer. As nossas vidas neste tempo tão terrível estão a ser vividas dia a dia. Foi um ano duro para todos, ainda é cedo para fazer contas. Todos nós, nestes últimos tempos, perdemos muita gente. Não se pode dizer que estamos felizes quando os amigos não estão.

E o que espera para 2022?

O meu desejo é que seja, para todos, um verdadeiro ano.

Segue algum ritual na passagem de ano?

Desde que me lembro, como sempre 12 passas.

Será um ano de teatro ou haverá também televisão?

De ambos. Teatro e televisão estão nos meus planos para 2022.

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