Não larga os seus guiões, cheios de apontamentos sobre cada uma das cenas que vai gravar. Paulo Futre está bastante satisfeito com a sua participação na novela da tarde da TVI e, apesar do nervosismo, sente-se cada vez mais à vontade no momento em que o realizador grita “ação”.
O mais difícil têm sido as cenas com muitos colegas ao mesmo tempo e perceber quando é a sua vez de falar: “Fala este, fala aquele… Pergunto-me: ‘Quando é que eu entro?’ Isto é mais complicado do que marcar um golo. A cena mais difícil foi a primeira, com a Paula Neves e o Flávio Gil. Tinha 15 frases seguidas e algumas com mais de dez palavras. Isto para mim é tremendo, é uma Bíblia”, revela o ex-futebolista, de 56 anos, ao mesmo tempo que mostra aos jornalistas os guiões com as cenas que tem para decorar para o dia seguinte. “Estou feliz pelo protagonismo. Divirto-me sempre à brava. Adorei gravar com o Pedro Teixeira, quando vieram os atores do ‘Festa é Festa’. Foi um espetáculo.”
Atento às indicações e ajudas dos restantes companheiros de cena, nunca perde o sorriso e está sempre a brincar com toda a equipa. “Tenho de ter na minha cabeça que voltei ao Montijo, onde ninguém me trata por Futre. Tratam-me por Paulinho ou Paulo Jorge. Aqui sou eu, faço de mim mesmo. Mas gostava, sem dúvida alguma, de fazer algo em que não fosse eu.”
Interpretar um vilão? “Qualquer coisa! Já disse que agora quero fazer uma cena em que tenha de chorar, é o próximo desafio. Penso que vou conseguir. Ou se calhar tento e não sai nada, tenho de pôr pimenta.”