Numa participação recente no podcast “A Esperança Atrás do Muro”, Conceição Queiroz desabafou que recebe ameaças de morte. A pivô da TVI confessa ainda que já teve de mudar de casa para “fintar” as pessoas que estavam a ameaçar. “Não é normal”, diz a jornalista.
““Não é normal desejares a morte a alguém… Eu tenho ameaças de morte. Não é normal dizerem que me vão dar um tiro”, revela Conceição Queiroz. “Não é normal que eu tenha de mudar de casa três ou quatro vezes e andar a tentar fintar estas pessoas que, realmente, me tentam fazer mal. Não é normal. Tu não podes viver assim”.
As declarações foram dadas durante uma conversa em que foi abordado o tema do racismo. “Ainda confio em mim, e aprendi a confiar em mim, que é um processo também, atenção. É um processo. Uma mulher negra, chegar ao ponto em que confia nela própria e vira-se para alguém que diz: ‘És monocórdica a apresentar’, e diz: ‘Não eu sou boa, eu sou muito boa naquilo que faço”.
No podcast, Conceição Queiroz também recordou um episódio marcante que viveu na adolescência, com uma professora. A jornalista falou do caso anteriormente, numa entrevista no “Dois às 10”. “Cresci sem expectativas”, conta, em primeiro lugar, a jornalista. “Porque me disseram aos 14 anos: ‘Não vais ser ninguém’”, revelou. Foi quando Conceição Queiroz relatou o episódio com a professora. “Quando fizemos os testes psicotécnicos, toda a gente da minha turma, os 30 alunos estavam todos direcionados para qualquer coisa. Conceição Queiroz era a única que… Ela disse mesmo: Não vais ser ninguém na vida”.
“Sou muito do primeiro impacto… Aquilo na altura bateu e eu disse: Sôtora, mas eu posso ser assistente de cabeleireiro. (…) E ela me disse: Não te vejo a terminar o décimo segundo ano”. Entretanto, a professora acompanha atualmente a carreira da jornalista. “Vai ao lançamento dos meus livros”, revela. Conceição afirma ainda que abraça a professora de volta apesar de as duas nunca terem discutido as frases do passado. “Não guardo rancor”, remata.
