Se não existem fórmulas mágicas para se ser feliz, há, no entanto, certas características comuns aos casais que conseguem relacionar-se de forma saudável: manter acesa a paixão e consolidar os laços de amor. Identifiquemos, então, melhor esses “elixires” da felicidade.
Regra geral, as pessoas que vivem uniões pouco satisfatórias fixam a sua atenção naquelas que se relacionam ainda pior, justificando, assim, a sua própria infelicidade. Não é difícil, nos moldes das sociedades atuais, que os pares fiquem juntos por muitos anos, mantendo uma relação fria e distante. Para isso, contribuem fatores tão corriqueiros como questões económicas, o “bem dos filhos” ou, simplesmente, a preguiça. Isto apesar da relativa facilidade com que, hoje em dia, já se aceita o divórcio. A maior parte dos divorciados refaz, naturalmente, a sua vida, e todas as estatísticas apontam para melhores taxas de sucesso de uma segunda união.
A boa notícia, no entanto, é que existem muitos outros casais que não só se dão bem como aprenderam, ao longo dos anos, a ultrapassar uma série de obstáculos – dos sentimentos às atitudes – e a aproximarem-se cada vez mais. Ainda que seja necessária uma boa dose de sorte para se acertar num parceiro vitalício, a verdade é que isso implica, também, um cabaz de características elementares para o bom funcionamento e durabilidade de um casamento. Até porque a sorte é bem mais o resultado de uma atitude do que uma casualidade. Os casais “com sorte”, como todos os outros, passam, igualmente, por momentos tristes ou mesmo dramáticos, sem, no entanto, deixarem de enfrentar a vida com serenidade. Eis o que os diferencia:
São tolerantes e não procuram a perfeição. Por muito bem que se relacione um casal, o convívio não é sempre “perfeito”. Não se deve cair no erro de pensar que as uniões que funcionam nunca atravessam períodos de tensão. Mas, em vez de se concentrarem nos aspetos negativos do outro, tendem a procurar uma forma positiva de superar os problemas. Estão dispostos a ouvir-se e a tentar compreender os pontos de vista de cada um. E não hesitam em mudar de opinião, uma vez convencidos da razão do outro.
Confiam um no outro. Os casais felizes dão como certa a confiança entre eles. A sensação de segurança que experimentam faz com que se sintam livres para amar e expressar os seus sentimentos mais íntimos, sem receios. É também a base de um bom entendimento sexual.
Procuram a satisfação sexual mútua. Ao contrário do muito que se diz, pensa e escreve, a relação sexual pode não se desgastar com a passagem dos anos. Quanto melhor se conhecem, mais os casais se satisfazem mutuamente e mais partido tiram da sua própria sexualidade. Quem sabe disso, investe na melhoria da sua vida sexual, procurando uma boa sintonia, conversando muito sobre o assunto e, claro está, praticando, explorando, conhecendo, amando. Enfim, desfrutando fisicamente um do outro, seja de uma forma intensa ou, simplesmente, quente e afetuosa.
Desfrutam da companhia um dos outro. Gostam de estar juntos e de fazer coisas em comum. Mesmo que passem uma tarde inteira calados, o silêncio que os envolve produz uma sensação de tranquilidade e união.
Compartilham valores semelhantes. Mesmo que os gostos não sejam exatamente os mesmos, os casais felizes vivem em sintonia no que diz respeito a questões tão importantes como a educação, o respeito, o amor.
São independentes, mas precisam um dos outro. Regra geral, as pessoas gostam da sensação de “pertencerem” ao outro, mas também precisam de se sentir donas e senhoras das suas escolhas e decisões. As uniões bem sucedidas conseguem obter esse equilíbrio.
Sentem-se comprometidos. Os parceiros sentem-se assim porque desejam passar a vida um com o outro. Nos momentos de dificuldade, é com a outra pessoa que desejam superar os problemas. É um sinal inequívoco de qualidade de vida.