Uma vida sexual satisfatória costuma ser reflexo de uma relação sentimental saudável. Muitas pessoas apercebem-se de que o romance não está bem quando o sexo se torna secundário, monótono ou mesmo inexistente. Não deixe que isso aconteça com a sua relação. Combata os fatores do dia-a-dia que podem desequilibrar o amor e, caso seja necessário, procure ajuda médica ou especializada.
Estou tão cansada
E tem toda a razão. Hoje em dia ainda é frequente as mulheres assumirem diversos papéis ao longo do dia. De manhã, têm de ser rápidas e eficazes, quando ainda estão com os olhos meio abertos, meio fechados, mas têm de preparar os filhos para ir para a escola. Depois, chegam ao emprego e têm de ser grandes profissionais, numa época em que conservar o emprego revela-se cada vez mais complicado. A meio do dia, já têm de se estar a preocupar com a saída dos filhos da escola e com o que vão fazer para o jantar. Chegam a casa, muitas vezes sem um minuto para descansar, cozinham, cuidam novamente das crianças, passam a ferro, fazem máquinas de roupa… Ufa! No meio disto tudo, quando os miúdos já estão deitados e é hora de também ir para a cama, a resposta às investidas do companheiro pode ser: hoje não, estou cansada. É legítimo, mas pode ser mortal para o amor. Você precisa de ajuda e não pode continuar a armar-se em supermulher. Fale com o seu companheiro e explique-lhe o que se passa. Só com muito diálogo e amor as coisas poderão entrar nos eixos. Faça-lhe ver que, para estar disponível, em toda a plenitude, para o amor, ele tem de ajudar, seja nas mais diversas tarefas domésticas ou com as crianças.
Ai, que stresse!
Uma vida profissional exigente pode ser também motivadora de grandes níveis de stress. Não se deixe envenenar pela sua carreira. Lembre-se, todos os dias, que há vida para além do trabalho. Para que o seu dia corra pelo melhor, sem grandes ataques de nervos, programe bem as suas tarefas. Se necessário, escreva num papel as funções a cumprir e vá riscando o que já conseguiu fazer. Ao sair do emprego faça um esforço para desligar, deixando as preocupações laborais no escritório. O stresse pode vir a traduzir-se em vários sintomas físicos, entre eles a falta de desejo sexual. Por isso, só evitando ao máximo as preocupações poderá estar pronta para noites com o seu parceiro. E, já agora, mesmo que apanhe muito trânsito entre o emprego e sua casa, relativize. Ligue o rádio, aproveite para pensar na vida, com a promessa que ao chegar ao seu refúgio cuidará de si e do seu amor.
Crianças no lugar
Os filhos são, talvez, a principal fonte de amor dos pais. Contudo, não deixe que este amor prejudique a relação com o seu companheiro. É verdade que as crianças precisam de toda a atenção do mundo e, num mundo em que se vive a mil à hora, todos os momentos são poucos para os mimarmos. Mas pense bem e estabeleça algumas regras. Por exemplo, jamais ceda na hora de eles irem para a cama. Lembre-se que depois de adormecerem, a não ser que acordem com algum imperativo urgente, estará livre para fazer amor com o seu marido. A partir de uma certa idade, que varia de criança para criança, comece a incentivar o seu filho a não ir ter ao seu quarto. A não ser que tenha um pesadelo ou se sinta doente, diga-lhe que deve permanecer no seu quarto, sem incomodar o “sono” dos pais. É comum que esta prática se torne mais frequente a partir da idade escolar, quando a criança também começa a sentir um certo pudor de dormir com os pais. Ao mesmo tempo, sempre que se preparar para fazer amor, tenha o cuidado de fechar a porta do quarto à chave, evitando situações embaraçosas.