Uma conhecida leiloeira de Newmarket revelou ao BBC que Carlos III vendeu 14 cavalos de corrida que herdou da mãe, a rainha Isabel II.
Carlos III ainda há pouco enterrou a mãe e já se está a livrar dos cavalos que herdou da falecida rainha, Isabel II. Pelo menos assim pensam alguns britânicos. Porém, a verdade é que este é um procedimento normal.
De acordo com declarações ao BBC de um porta-voz da leiloeira, Jimmy George, esta ação “não é nada fora do comum”. Isto porque, “todos os anos eles (a realeza) vendiam cavalos”.
Além disso, o facto de o rei de Inglaterra estar a vender, pelo menos, 14 cavalos que herdou da mãe, não significa que a família real se vá desligar das corridas. Como se sabe, Isabel II era uma fã das corridas de cavalos e uma verdadeira amazonas.
Contudo, o que pode indignar os mais clássicos, é que neste leilão estão alguns dos cavalos vencedores e favoritos da rainha, como é o caso do Love Affairs – o último vencedor da rainha em Goodwood, dois dias antes de sua morte.
Venda de cavalos sem dramas
O porta-voz da leiloeira desdramatizou a ação de Carlos III, alegando que, tal como os proprietários das empresas vendem ações, Carlos vende cavalos.
No entanto, o valor simbólico é o que aqui está a fazer alguma confusão. É que Carlos II vendeu 14 cavalos que eram dos queridos de Isabel II.
De lembrar que a rainha herdou do pai, o rei George VI, o Royal Stud, um centro de criação de cavalos de corrida, em Sandringham, e que produziu muitos de seus vencedores.
De acordo com um agente de corridas, a rainha deu um grande impulso às corridas britânicas e, para ela, era uma “fuga” das suas tarefas de monarca.
Isabel II – que criava e vendia éguas – era uma verdadeira amazonas e tinha ‘cumplicidade’ muito especial com estes nobres animais.