Marta Cardoso não esqueceu os Himbas e tal como lhes tinha prometido, juntou alguns bens necessários a melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. “
Antes de partir de Okohonga, fiz uma lista de coisas que eles me pediram e combinei com o Karinamua que seria ele a distribuir os bens, de cada vez que eu mandasse”, diz, esclarecendo: “Mas com uma condição. Homens, mulheres e crianças teriam acesso a tudo! Se fosse para cumprir a hierarquia deles – homem, mulher e criança no fim -, eu não mandava nada! Ele prometeu-me e eu acredito que vá cumprir”.
Durante esta tarefa, Marta contou com uma ajuda especial. Marquinho, de 9 anos, escolheu, com a mãe, as coisas que seriam enviadas para a Namíbia. “É uma criança sensível que compreende as necessidades alheias e ficou deliciado pelo facto de o incluir nesta tarefa. Sentiu-se útil e importante e eu fico orgulhosa”, refere a mãe babada.
Marta encara esta atitude como o início de um processo que pretende repetir tantas vezes quanto possível. “É complicado reunir as coisas todas que lhes fazem falta. E ainda mais complicado são as despesas de envio: qualquer caixinha fica caro! Por isso, tenho apelado junto de instituições para que contribuam com algumas ajudas e não vou desistir”, reforça, com convicção.