Não é um casamento feliz pois vive de uma chantagem… Afinal de contas, Carlota sabe de segredos do passado de Fernando e é por causa disso que ele não se separa. Mas já falta muito pouco para o empresário tomar uma atitude radical. Sem que a mulher saiba, ele pede a Sebastião que elabore uma proposta de acordo para o divórcio. E vai buscá-la a casa do advogado, que o alerta: “Pensa bem se a Vitória vale tudo o que estás a fazer. Estás a prescindir de muita coisa e a correr um risco enorme”. “Eu amo a Vitória e vou amá-la para sempre. Já devia ter tomado esta decisão há mais tempo”, riposta o pai de Mariana, saindo em seguida.
Na manhã seguinte, Carlota está a trocar de sapatos quando o marido a avisa de que precisam de falar. Ela ignora-o. “Vi há pouco a tua ex-amante na padaria. Nem se quis sentar com medo de que eu e a Mariana disséssemos alguma coisa… Mas como saíste tão cedo, passou-me pela cabeça que estivessem juntos. Depois, como a vi na padaria, percebi que não. Onde é que estiveste esta manhã?”, questiona. Fernando revela que foi ao banco e explica porquê. “Quero o divórcio. Dou-te metade de tudo o que tenho, se quiseres, dou-te o hotel, mas não quero continuar casado contigo.”
“Não resta nada entre nós”
Perante aquela “bomba”, a vilã desespera e, já na sala, acusa-o de estar a brincar. “Tu sabes que é o que faz sentido. Nós não estamos bem. Não somos felizes, há traições de parte a parte, não há intimidade, não há sequer assunto entre nós… Não temos de viver assim. Somos novos e temos direito a mais”, continua o empresário. A mulher quer saber se é tudo por causa de Vitória e o irmão de Carminho nega. “Claro que não. Basta olhares para o nosso casamento para veres que é verdade. Não resta nada entre nós. Tudo o que fazemos é discutir e discordar. O tempo todo”, frisa. “Piorámos muito desde que escolheste envolver-te com uma miúda que tem idade para ser tua filha”, critica a vilã, com o marido a pedir-lhe que não envolva a amante naquela discussão. “Meto. Sabes porquê? Se não fosse por causa dela não me davas metade do que é teu e muito menos o hotel”, prossegue Carlota. Mas Fernando muda o discurso: “Não é verdade. Acho que deves ser recompensada pelo empenho ao longo dos anos…” Ela, todavia, não desarma. “Não me atires areia para os olhos! Estás com ela outra vez e foi por isso que aquela cabra voltou”, grita, insistindo: “És ridículo, um cobarde que nem consegue admitir que me anda a fazer de parva este tempo todo”. “Pensa no que disse. É só o que peço. É uma boa proposta. Tens aqui o acordo da partilha de bens. Podes ler”, afirma o empresário, apontando para cima de um móvel onde está o documento.
“Aquela ordinária vale isso tudo?”
Quando ele está prestes a sair, a rival de Fátima volta a atacá-lo: “Aquela ordinária vale isso tudo? O hotel? Tu estás disposto a abdicar do hotel da tua família por ela? Estás a cometer um erro. Aquela miúda não vale o nosso casamento. Não depois de tudo o que passámos juntos”, grita. “Não dá mais”, reitera o tio de Salvador. “Foi ela que te fez a cabeça. Tu és um homem ponderado, não podes querer o fim do nosso casamento. Olha em volta… Vê o que construímos juntos. O sucesso deste grupo é nosso. De nós os dois”, destaca ela. Mas é tarde demais. “Não dá. Só quero viver a minha vida e que tu vivas a tua. Separados”, diz Fernando, enquanto se solta dela e sai dali. Abandonada, a malvada chora e, cheia de raiva, rasga a proposta que recebeu.