A cena é muito dramática, mas enquanto não se ouve “ação”, Rita Blanco é o oposto da sua Natália. Ela ri, ela faz rir, ela brinca, ela faz caretas. “Eu estou a adorar. Já sabe que eu não vejo pessoas no meu dia a dia, por isso venho fazer a novela… e ver pessoas”, desabafa, no seu jeito bem disposto. Mas agora é hora de gravar. E silêncio é palavra de ordem. Afinal, adivinha-se uma cena muito dramática pela frente. É que, em “Flor Sem Tempo”: Natália chora a morte da filha.
Como tudo acontece
Natália está a preparar o pequeno-almoço, enquanto ouve rádio. “E interrompemos a emissão para uma notícia de última hora, uma gigantesca operação da Judiciária no Bairro da Vela Azul terminou em tragédia”, diz o locutor, fazendo com que a governanta suba o volume do aparelho. “Estima-se que tenha havido três mortos, entre os quais uma Inspetora da Polícia Judiciária”. Certa de que Diana é uma dessas vítimas, a fiel empregada deixa cair o jarro com sumo e começa a sentir-se mal.

Nesse instante, surge Madalena que logo pergunta o que se passa e a socorre. “Está a sentir-se bem? Ajudem!”, grita. Luís Maria entra, atraído pelo barulho. Em seguida, aproxima-se da governanta, que acaba por despertar. “A minha filha, ela… Disseram agora nas notícias que houve uma inspetora da PJ morta numa operação e ela foi para lá, ela… Ela morreu”, diz, em lágrimas. “Que disparate, há dezenas de inspetoras, não foi ela, Natália, claro que não”, atira a arquiteta, enquanto enche um copo com água para Natália. “Ela morreu, foi ela, tenho a certeza… Não devia tê-la deixado ir, não devia”, desabafa a empregada, em lágrimas e depois de tentar fazer mais uma chamada e o telemóvel dar desligado. Madalena acaba por abraçá-la, preocupada.
“Queria ter sofrido mais um bocadinho”
A cena é de grande emoção e mereceu aplausos no final, mas Rita Blanco ainda queria ter chorado mais. “Não me deixaram sofrer muito, eu até queria ter sofrido mais um bocadinho, mas disseram-me que não valia a pena chorar mais. Quando as pessoas ficam muito aflitas ficam muito ridículas e fazem coisas ridículas”, diz à TeleNovelas. E justifica as suas palavras: “Ela acha mesmo que a filha morreu e naquele momento fica muito perturbada. O sentimento de culpa vem ao de cima. Ela está zangada com ela e ainda por cima podia ter evitado que ela não fosse, ela não se ralou muito. Por isso, sente-se imediatamente culpada, pensa logo ‘meu Deus, como é que eu não evitei isto’. Aquela coisa de não lhe ter dito mil vezes que a amava”, finaliza.
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