
Ator esteve em viagem pelo Nepal e, para além de ter dado aulas de inglês a crianças e jovens monges, num mosteiro budista, Ângelo Rodrigues tomou mel alucinogénico, porém o resultado não foi bom.
“Existem duas regiões do mundo – o Nepal e uma região montanhosa na Turquia – em que o mel tem propriedade alucinogénicas. Isto porque a maior abelha do mundo é a abelha nepalesa e ela, por questões de sobrevivência, no alto de uma colina deixa uma substância que é meio-venenosa”, começou por contextualizar.
Angelo e um amigo visitaram essa região e foram a uma degustação numa loja que tinha vários tipos de mel. “O nosso foco era o tal mel alucinogénico, só o conhecíamos como ‘mad honey’, relata. Apesar do frasco recomendar uma colher de chá por dia, o ator e o amigo arriscaram na dose. “Tomámos duas colheres de sopa. E tivemos a brilhante ideia de o fazer antes de irmos a um restaurante jantar”, recorda, entre risos.
Formigueiro na cara
Os sintomas acabaram por revelar-se mais intensos do que esperavam, conforme explica. “Fomos para um restaurante, pedimos a comida e exatamente antes de chegar a comida começamos a sentir o corpo extremamente quente, a sentir formigueiro no corpo todo, essencialmente na cara, como se tivesse a ser alfinetada por agulhas. Fico com uma extrema dificuldade em fechar os olhos, o meu amigo começa a ter vontade de desmaiar, a comida estava a chegar e isto tudo num espaço onde estavam outras pessoas”.
“O meu amigo vai à casa de banho porque não se estava a sentir bem, eu tento aguentar o barco para dar uma boa imagem. A comida chega e lembro-me que o que despoletou a montanha-russa a partir daí foi uma Coca-Cola que bebi. A partir daí fiquei com vontade também de ir à casa de banho socorrer o meu amigo. Vou para o socorrer e descubro que já estava agarrado a uma sanita sem conseguir levantar-se”, descreve.
Sensação de envenenamento
A arriscada aventura começava aí a revelar-se. “Não sei quais são as propriedades deste mel, mas ele dá uma enorme vontade de ficar no chão!“, diz Ângelo Rodrigues, que tomou mel alucinogénico à espera de um resultado positivo. E assim que conseguiram, saíram do restaurante e deitaram-se na primeira esquina durante três horas, até que veem uma luz. “Era uma lanterna, a polícia a dizer-nos para sairmos dali”, explicou o ator. Olhando para trás, Ângelo relata que os poderes alucinogénicos do mel acabaram por não ser testados, antes pelo contrário.
“Tivemos uma sensação de envenenamento porque é essa a substância que as abelhas colocam no mel. Tomamos uma sobredosagem que acelerou esse processo. Não deu alucinações, mas quase que morríamos envenenados”, completa.