Quando, há três meses, decidiu regressar a Portugal, Ana Barbosa não imaginava as dificuldades que iria ter na adaptação. Habituada a uma cultura em que tudo acontece muito mais rápida e facilmente e não esconde algum arrependimento. Mas há mais, em exclusivo, Ana Barbosa assume uma crise no seu casamento. Ainda assim, acredita que ela e o marido, Ricardo Cardoso, vão conseguir superar estes dias mais difíceis.

“Estamos a passar por um período difícil”

Porque decidiu fazer esta mudança de visual tão radical?

Já pensava fazê-la desde novembro do ano passado. Disse logo que era este ano ou quando fizesse 45 ou 50 anos. Mas vou ser muito sincera: quando vim para Portugal pensava que isto ia ser muito mais fácil. Está a ser um bocadinho difícil…

Porquê?

Está a ser complicada a adaptação ao país, o que implica também a vida familiar, como é óbvio. É um conjunto de coisas. Quando cheguei aqui pensava que era superfácil, que era só vir para perto da família, começar a trabalhar nas minhas coisas, mas não é… E não o é porque o próprio país não é tão fácil como é na Suíça. Por exemplo, quero tratar de uma burocracia e é muito difícil, é tudo “não”. E eu estava habituada ao “sim”. Na Suíça não é assim, há mais facilidades. Outra coisa que também sinto é quando faço perguntas neste tipo de serviços, “porque é que não consegue fazer isto ou aquilo?”, e as pessoas associam muito ao “lá vem a Barbosa, a resmungona”.

É como se não fosse uma cidadã normal e não gosto disso. Às vezes sinto-me mal, quase já tenho receio de reclamar, e começo a engolir coisas, a não ser a mesma pessoa. Levo desaforos para casa, há muita coisa a acontecer… Depois é em casa que as coisas se sentem. Quando estamos num país em que não nos estamos a adaptar muito bem, no nosso lar acontece o mesmo. Estamos a passar um período que não está a ser muito fácil.

Está a referir-se ao seu casamento?

Não é um “vamos separar-nos”, não é isso. Já atravessámos uma fase complicada quando tive um burnout, mas estamos a passar por um período difícil. É por causa da adaptação ao país… nem sei explicar bem.

Ana Barbosa assume crise no casamento

Mas tem a ver com o quê, exatamente?

O problema não é o dinheiro, é o sistema disto, a organização… É o dia em que temos de ir aos pais, porque depois tem de se ir não sei onde. Na Suíça estávamos mais “livres”, não tínhamos este tipo de obrigações. Mas, ao mesmo tempo, lá faltava-nos isto. É estranho… Se calhar estamos a passar uma fase em que precisamos de “estar na bolha”. Parece que está tudo a acontecer, e ao mesmo tempo. Está a ser complicado. Estou a chatear-me mais com o Ricardo desde que chegámos a Portugal do que em dez anos de casamento. Isto não é normal.

Já falaram sobre isso?

Já, já. Mas achamos que é a pressão de tudo. Por exemplo, estou com o meu projeto e gostava que fosse tudo muito mais rápido. Estava habituada às coisas serem “para ontem”. E aqui isso não acontece, porque não consigo ter as coisas. Parece que nos impossibilitam de avançar. Percebo porque é que os jovens querem ir-se embora.

“Não vou voltar (para a Suiça)”

Está arrependida de ter regressado?

Sinceramente, acho que, se calhar, estou um bocado. Mas, como é óbvio, não vou voltar, porque vim para aqui por causa da minha filha [Pilar, de 3 anos]. Íamos ser outra vez três gatos-pingados lá fora. Ainda no outro dia falei com o Ricardo sobre isso e, se me perguntassem “Ana, se te voltassem a dar o mesmo ordenado de antigamente, a mesma casa e tudo, voltavas?”, acho que tornava a pensar nisso.

Mas só voltou há três meses.

Lá está… E eu sou seguida por psicólogos. Continuo a falar com os meus terapeutas, mesmo eles estando na Suíça. E a médica disse-me que já sabia que isto ia acontecer, porque é uma adaptação, tudo é diferente. Quando cheguei à Suíça também não estava tudo bem. Ela disse-me para me acalmar, que a adaptação leva, no mínimo, oito meses. Então, estou numa fase em que me apetece mudar tudo. Por isso é que fiz esta mudança de visual.

Assusta-a a ideia de o seu casamento poder acabar?

Acho que o meu casamento não vai acabar, mas tenho a certeza de que sou sempre a mais culpada. Quando há problemas no nosso relacionamento, e se há um culpado, 70% das vezes sou eu, porque sou quem vive mais intensamente. Mas o Ricardo precisa disso, da pressão. Adaptamo-nos um ao outro. Acredito que tudo isto vai ser superado.

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