Quando se falou da hipótese de Kate ter tido ideias suicidárias, o seu porta-voz indignou-se e negou-o de forma veemente: “Kate está bem. Isso é um absoluto disparate. Ela nunca o fez, nem o fará…”, afirmou Clarence Mitchell que agora se vê desmentido pela própria patroa. No livro “Madeleine”, Kate conta algumas das ideias suicidárias que teve. O empregado dos McCann é useiro em “falhas”. Provavelmente sem querer… Numa entrevista à BBC, confrontado com a hipótese de um rapto, após a criança ter saído de casa à procura dos pais, Clarence Mitchell disse que “isso não aconteceu, Kate sabe-o”. Esperemos que não torne a ser desmentido.
Suicídio
Sobre as ideias suicidárias de Kate, foi a sua mãe quem o deu a entender. E Paulo Sargento também, quando referiu que recebera um “telefonema de Londres” referindo que Kate teria dado entrada no hospital de Leicester (onde trabalha Gerry, o marido), por alegada toma excessiva de barbitúricos.
Lembra-se?
A seguir ao arquivamento do processo (finais de Julho de 2008), Kate McCann deixou de aparecer em público. Nem a fazer jogging, nem a passear os gémeos, nem no Natal. Em finais desse ano, Susan Healy, mãe de Kate, revelava os seus receios dizendo não saber “quanto tempo vai aguentar. Não sei se um ser humano pode suportar tanta pressão. Sean e Amelie necessitam da mãe. Tenho medo, muito medo”, dizia, adiantando que Kate se sentia só e rejeitada, inclusivamente pelo próprio marido, Gerry McCann. Agora, é a própria Kate quem o confirma, referindo a ausência de apetite sexual e outras problemas conjugais que viveu. Os rumores de que Kate havia tentado suicidar-se chegaram a Lisboa em Dezembro de 2009. “Trata-se de uma informação não confirmada que recebi de um amigo inglês, independente, que está por dentro da investigação”, disse, ao tempo, Paulo Sargento. Caíu o carmo e a trindade e quase trituraram o psicólogo forense. “Sem saber se isso sucedeu ou não, a verdade é que há uma elevada probabilidade de que ocorra. É um dado estatístico. Muitas mães que perdem um filho têem ideias suicidárias. Sem querer dizer se Kate o fez ou não. Aliás, há informações famíliares dizendo que Kate está muito deprimida”, explicava, por aqueles dias o psicólogo Paulo Sargento.
A gaffe da manta
A depressão de Kate que o psicólogo refere, “fez das suas” no show televisivo de Oprah Winfrey, nos EUA. Na entrevista, Kate, abatida, deu a famosa gaffe da manta, pedindo aos raptores que pusessem a manta à filha. Ora, a manta da Maddie, tinha sido analisada pela PJ há muito tempo. Ninguém a levara…
Uma carta a Cameron
O casal McCann solicitou numa carta aberta ao primeiro-ministro britânico que desse início a uma revisão “independente, transparente e abrangente” da informação relacionada com o caso Maddie. Dizer que solicitou uma reabertura é excessivo. Nunca apresentaram queixa formal em Inglaterra e jamais alguém explicou porquê. Certo é que David Cameron respondeu ao casal (ver caixa) e na última sexta-feira, 13, um porta-voz do Ministério do Interior Britânico (o equivalente ao MAI), anunciou que “O primeiro-ministro e a ministra do Interior concordaram hoje com o comissário da Polícia Metropolitana (Sir Paul Stephenson), que a polícia trará a sua experiência e conhecimento para este caso”. Já o antigo coordenador da PJ, Gonçalo Amaral, disse à tvmais que “Se a Scotland Yard tiver liberdade para analisar o caso, vai concluir coisas pouco agradáveis para o casal”.
“Madeleine”
Está por dias a chegada do livro de Kate McCann a Portugal. Chama-se “Madeleine” e contém a versão dos pais da menina sobre o que aconteceu na noite de 3 de Maio de 2007 e depois. O casal McCann já conseguiu alcançar os objectivos a que se propôs com a publicação deste livro: fazer com o que caso Maddie regresse às páginas dos jornais e que não caia no esquecimento.
Reabertura política
A intervenção directa de David Cameron no caso Maddie, já lançou polémica no reino. A Scotland Yard só aceitou voltar ao caso, depois de Cameron ter ligado pessoalmente ao comissário da polícia de Londres. Fontes da Scotland Yard, citadas esta semana pelo Expresso (14 Maio), garantem que a reabertura é “puramente política” e vai custar muito dinheiro aos contribuintes ingleses.
Madeleine desapareceu mesmo!
É a única certeza. Quatro anos passados sobre o desaparecimento de Madeleine Beth McCann, “só” falta saber o que é que de facto lhe aconteceu. O mistério mantém-se. Onde pára a Maddie? Para os pais, foi raptada. Para o ex-inspector coordenador da PJ Gonçalo Amaral, morreu no apartamento, vítima de um acidente e o seu cadáver foi ocultado, conforme conta no livro “A Verdade da Mentira”.