“Não tenho mais condições para sofrer”, escreveu Bruna em Maio último no seu Facebook. Ninguém percebeu. Quinta-feira, 11 de Dezembro, não regressou nem a casa da mãe nem à do avô. Foi encontrada morta três dias depois, a 1 km de casa. O seu padrasto também desapareceu.
Abusada, manietada e morta
A causa de morte de Ana Palma Bruna Nunes, 17 anos, foi definida na autópsia por laceração do encéfalo com fractura do crânio. Não se conhece a natureza do instrumento usado na agressão. “Sabe-se que foi de natureza corto-contundente. Pode até ter sido uma pedra…”, disse à tvmais uma fonte ligada à investigação. Mas todos os sinais e lesões que o corpo de Bruna ostentava apontam para a mesma conclusão.
Homicídio
Bruna foi encontrada semidesnuda e com as mãos atadas. No pescoço eram visíveis equimoses compatíveis com asfixia provocada por esganadura. As marcas nos membros superiores parecem ser compatíveis com instrumento de contenção.
As lesões vaginais detectadas são as que a agressão sexual provoca. Os investigadores não têm dúvidas: homicídio. Tudo indica que terá morrido na própria quinta-feira, dia 11. O principal suspeito é o padrasto de Bruna, o homem de quem mais ninguém teve notícia dois dias após o desaparecimento da jovem estudante.
Desaparecida
Desde quinta-feira, 11 de Dezembro, depois de regressar da escola em Lagos, que Bruna não mais foi vista. Nem na casa da sua mãe, em Aldeia Velha (1 km a norte de Alzejur), nem na casa do avô, no Rogil (a 5 km de Aljezur), onde foram encontradas a sua mochila e a sua chave de casa. Nesse mesmo dia, a mãe da jovem, Lília Silva, deu fé do desaparecimento da filha às autoridades (GNR), que desencadearam buscas na zona com o apoio da família e de amigos da jovem. Só domingo à tarde deram com ela. Manietada, semidesnuda e morta, num ermo perto da sua casa, em Aldeia Velha, Aljezur.
Padrasto suspeito
A PJ não tem dúvidas de que se tratou de homicídio e procura o principal suspeito. Mikhail Razvan Oprea (Miguel), o padrasto de Bruna e pai da irmã mais nova da jovem. A mãe de Bruna confirmou à tvmais que não sabe do seu companheiro desde o sábado seguinte (13 de Dezembro) ao desaparecimento da filha. O homem é de origem romena, tem 33 anos e é pedreiro de profissão. Lília Santos explicou que naqueles dias em que procuravam a filha desaparecida, ele revelou um comportamento normal.
A monte
Sábado dia 12, Mikhail Razvan Oprea ainda foi visto. “Ele foi buscar lenha à casa da Aldeia Velha, no sábado, e depois desapareceu.”
Lília, a mãe de Bruna, não imaginava que quando Miguel disse ir à lenha já tinha arrecadado diversos valores e o ouro da família. Fugiu no Mercedes da mulher, tudo indica, para o seu país de origem, a Roménia. O pedreiro, que estava desempregado, já terá sido detectado em Espanha, mas não foi detido.