
Já me diverti muito num espetáculo da Rosinha e não tenho dúvida nenhuma que quem organiza bem as festividades de verão sabe que o seu nome tem de estar no cartaz das festas. Porque gosto mesmo dela, tinha de conversar com ela. Agosto sem Rosinha não é agosto!
Temos novo trabalho este verão, não é?
Todos os anos faço questão de gravar um disco e este ano não foi exceção, “É de Gatas que Eu Gosto” é o tema que dá nome
ao meu disco de 2017.
O verão em Portugal é perfeito para os artistas?
É, sem dúvida, a época do ano em que há muito trabalho em Portugal. O meu inicia-se em maio e termina em setembro: estes são os meses em que mais trabalho no nosso país.
Como defines agosto?
É o mês do cansaço, de espetáculos todos os dias, de dormir muito pouco e fazer milhares de quilómetros. Mas é também o mês em que sou muito feliz na companhia das nossas gentes, em todos os arraiais
e festas em que sou convidada a participar.
Tens prazer em andar de festa em festa?
Sim, claro que sim. Não posso dizer que não é muito cansativo! Mas se as pessoas me contratam é porque fazem questão que eu lá esteja e só por isso eu vou com muito gosto. Costumo dizer que faço o que gosto e ainda me pagam por isso!
Como escolhes tão bem os trocadilhos das tuas canções?
Essa tarefa não é só minha, sem dúvida que quem se esmera e trabalha afincadamente nas letras e nos trocadilhos é o meu produtor, Paquito Rebelo. Claro que eu dou a minha opinião e dou trocadilhos para que ele os transforme em músicas.
Mas é fácil?
A maioria das pessoas acha que é muito fácil escrever este tipo de letras, mas não é. Tudo tem de fazer sentido e os trocadilhos têm de ser originais todos os anos. É um trabalho fantástico e viciante de fazer.
Já te chamaram o “Quim Barreiros de saias”?
Dizem que sou a versão feminina do Quim Barreiros e não me incomoda nada. E digo mais, aposto que o Quim não vestiria as minhas minissaias, mas eu também não usaria o bigode dele! Mas sou mulher para lhe emprestar a minha gaita!
Também sentes a crise a cada verão que passa?
Desde que comecei com esta brincadeira da Rosinha, todos os anos a minha agenda fica mais preenchida.
Quando não cantares, o que queres fazer?
Tenho desde sempre a certeza que quando deixar de cantar vou tratar de pessoas idosas!