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Aos 23 anos, Jordan Windle é um exemplo para os jovens nadadores americanos. Talentoso, já representou os EUA em várias competições, incluindo as Olimpíadas. O que muitos nem imaginam é que a sua vida tinha tudo para ser curta e dolorosa. Aos 2 anos, vivia num orfanato em Phnom Penh, no Camboja, depois de os pais terem morrido. Pesava 7 kg e sofria de má nutrição e diversas infeções. Foi nesta altura (ano 2000) que entrou em cena Jerry Windle, o americano que iria salvar a sua vida. Gay, já perdera a esperança de ser pai quando soube das más condições em que os órfãos cambojanos viviam e se propôs adotar um. No primeiro encontro com Jordan, foi amor à primeira vista. Levou-o para casa, na Florida, e juntos começaram um longo processo de recuperação. Aos 6 anos, Jordan começou a fazer natação. Deu nas vistas e tornou-se nadador profissional. Representou a América em várias competições até concretizar o sonho de participar nas Olimpíadas, em 2020. O pai, como sempre, esteve lá, orgulhoso, para o apoiar. Crente de que a sua vida não teria sido a mesma sem o homem que o adotou, Jordan desafiou-o a escrever um livro, “An Orfan no More, The True Story of a Boy” (órfão nunca mais: a verdadeira história de um rapaz) para celebrar o laço que os une, apesar das diferenças que à partida os poderiam separar. Porque, como dizem na obra, “onde há amor, há família”.