Durante dois anos, 2010 e 2011, Patrícia Tavares viveu momentos de verdadeiro terror quando começou a ser perseguida por Nuno Simões, um engenheiro civil que não conhecia, mas que tentava chegar até ela de todas as maneiras. Por várias vezes, a atriz teve de chamar a polícia à sua casa, pois Nuno passava horas à sua porta e Carolina, 11 anos, filha de Patrícia, tinha medo de chegar sozinha à residência da família. O engenheiro não ficava por aqui e também enviava sms de cariz sexual e intimidatório.
Um pesadelo que a levou a fazer queixa por ameaça e perturbação da vida privada. O julgamento terminou há cerca de dois meses, porém, não foi o que a artista imaginou. O Tribunal de Loures conside-rou-o culpado pelos crimes de perturbação da vida privada e ameaça de forma continuada, com pagamento de multa e indemnização, mas não ficou inibido de a contactar nem tem de respeitar determinada distância de Patrícia. “Não foi o desfecho que queria, mas pronto, está resolvido e esperemos que o senhor não volte a incomodar”, referiu na apresentação do elenco da sequela de “Jardins Proibidos”, que arrancou as gravações no dia 7. “Queria que ele ficasse impedido de se aproximar. Não é que, ao estar proibido, não se aproximasse, mas dava uma segurança que assim não tenho”, explicou. Já não tem medo como teve na altura em que era seguida, no entanto, admitiu que anda “sempre de olho aberto” e quase não conteve as lágrimas. “Nunca estou descansada. Lembro-me imensas vezes da minha filha, que não está totalmente serena na vida dela. Acho que é importante não estar, pois não se sabe muito bem como reagem estas pessoas. Sinceramente, é um assunto que me enerva.”