Não faltam motivos para sorrir a Elma Aveiro, 40 anos. A irmã do avançado português não esconde o orgulho que sente nos manos e em especial na mãe, que sempre foi uma lutadora. “Se hoje estamos aqui podemos agradecer a ela. Nós não temos formação académica, mas não somos tontos! Não somos diferentes das outras pessoas, não pudemos estudar porque a minha mãe não tinha posses, mas temos algo muito mais valioso: somos uma família unida e humilde.”
Durante os meses de verão, deixa a ilha da Madeira e muda-se para o Algarve para estar mais dedicada à sua loja CR7, na Marina de Vilamoura. “Felizmente, as coisas correm bem. Estarei eternamente agradecida ao meu irmão pelas duas lojas que me deu, mas a gestão é minha, estou por minha conta, tenho de ganhar o meu dinheiro, porque nada cai do céu.” Elma trabalha diariamente ao balcão das lojas e recebe os clientes com simpatia. “Por vezes, querem tirar fotos comigo, entram por curiosidade e perguntam pelo meu irmão.”
Nos negócios, Elma é uma mulher realizada, mas a vida sorri igualmente a Kátia, que soma sucessos na área da música. “Estou muito feliz pela minha irmã, ela merece o que está a viver. Acho que aqui em Portugal não existe uma noção real do sucesso que ela está a ter em Espanha.” A família vive mais um bom momento com o lançamento da biografia de Dolores Aveiro, “Mãe Coragem”, que está a ser um êxito. “A minha mãe não decidiu fazer o livro para ter visibilidade. Está contente com o resultado, claro, mas é uma pessoa simples e nunca pensou que fosse ter este impacto.” Dolores fica triste quando recebe alguns comentários, em especial quando dizem que o fez por protagonismo. “Quando edecidiu avançar com a biografia, o meu irmão Cristiano alertou-a de que isto podia acontecer. Há sempre quem não goste. Invejosos vai haver toda a vida… e quem queira aparecer à nossa custa também”, explica Elma. “É triste, mas a felicidade incomoda muita gente”, conclui.
