Esta conversa com João Mota estava agendada há algum tempo, mas só agora foi possível. Ainda bem que assim aconteceu, pois encontrei um João menos tímido, apesar de “ainda inseguro em algumas situações”. Começámos por falar sobre a sua personagem em “Poderosas”, a nova novela da SIC. “Faço de agressor sexual. É um papel de enorme responsabilidade e altamente desafiante”, diz, grato pela oportunidade e a tecer elogios às produções da SIC: “Estão ao nível do melhor que se faz. Para mim, estar num elenco assim é um enorme privilégio”. E era este o seu sonho de infância? “Ui! Quis ser tanta coisa quando era criança…” Recorda o que fazia quando era um menino de tenra idade: “Passava muito tempo sozinho. Via muita televisão e tinha muito tempo para imaginar tudo”. Pergunto se ser ator é a sua paixão: “Não duvidem disso. Sou ator, trabalharei muito para fazer cada vez mais e melhor e para não dececionar quem acredita e aposta em mim!” E como fica a moda? “É uma área que me faz crescer, pois sou uma pessoa insegura”, revela, sem qualquer problema em assumir os seus problemas de autoestima. “Na verdade, só aos 16 anos comecei a gostar de mim”, diz o ator, que já sofreu de excesso de peso.
João está a traçar um bom caminho profissional, tem muitos objetivos e treme quando fala de amor. “O amor é tudo na vida! Tudo! Não imagino a vida sem amor.” E não é difícil perceber que está apaixonado por Mariana Monteiro. “Ela é o máximo. Amo-a com todas as forças.” A verdade é que aquilo que hoje é um namoro seguro passou por momentos complicados. “Se a nossa relação não fosse segura e certa, não tínhamos resistido a tanto”, revela. Hoje vivem uma paixão que se nota nos olhos e na expressão do rosto quando fala dela. “A Mariana tem uma história de vida incrível. Batalhou muito para estar onde está hoje e é, para mim, uma das melhores atrizes da sua geração.” Pergunto-lhe se não foi difícil assumir esta relação, já que Mwariana tinha uma carreira e João acabava de sair de um reality show. “Sei que existem preconceitos e que para muitas pessoas pareceu estranho. Apaixonei-me pela Mariana e ela percebeu que o meu coração não tem nada a ver com nenhum programa de televisão.” Quero saber como ele imagina a própria vida daqui a dez anos. “Imagino-me com três filhos. Três Motinhas. Imagino-me já com a volta ao mundo dada, com trabalho e rodeado por quem amo.” Casado? “O casamento é um contrato e o amor não vive de contratos. Não acho fundamental casar-me. Nunca achei!” Sinto que está bem com a vida. “Sofri muito, mas hoje sou feliz!”, confirma.