No dia em que a RTP completou 60 anos, Fernando Mendes partilhou nas redes sociais uma fotografia dos seus tempo de juventude, de quando tinha um físico diferente do que possui atualmente.
“Há 45 anos, andava aos pulos nos estúdios da RTP, magro como um ácaro, a dar a cara (que ainda não tinha corpo para isso) por um programa chamado ‘Mãos à Obra’. Passava aos sábados antes da comida (que foi assim que aprendi a ver as horas) e o meu pai acabava cada episódio a partir tudo e a dizer ‘lá fiz asneira outra vez!’. A TV dele não foi a minha, a começar pelas oportunidades que eu tive e a ele nem passavam pela careca. O ecrã foi pequenito, a preto e a branco quando eu era puto e cabia lá dentro. Passou a cores desde o dia em que muito boa gente achou que eu continuava a caber lá dentro. Do ‘Foguete’ a ‘Nós, os Ricos’, do ‘Canto Alegre’ ao ‘Nico d’Obra’, do ‘1,2,3’ ao ‘Preço Certo’, faça chuva ou sol, alegria na pública ou tentação da privada, a RTP é a minha casa desde miúdo. A RTP faz hoje 60 anos de emissões certinhas, seis décadas a regular bem da cabeça. Por lá fico, que a RTP é como ver-me ao espelho: um gajo tem de ser a sério aquilo que parece. Mando um abraço às grandes vedetas do canal, que assim me ensinou o meu pai: ao tipo da luz, à miúda anotadora, aos câmaras, à malta do som, aos das roupas e cenários, às das maquilhagens e pózinhos. Aos que não se vêem e sem os quais nós os que andamos à vista não seríamos quem somos. Feliz aniversário, ó tal canal!”