Se o piloto Conde de Almeida fez mal, ou se fez muito mal, em aterrar de emergência no areal da praia de S. João da Caparica, em Almada. Bem não fez porque morreram duas pessoas. Não percebo como é que o Cessna 152, CS-AVA avariou, se o seu proprietário garante que estava em plenas condições mecânicas, com todas as revisões e certificações exigidas. Muito, muito bem não estaria, já que pouco depois o piloto comunicou à torre de controlo um may day reportando uma avaria no motor. Não percebo porque estiveram piloto e aluno um dia inteiro a serem ouvidos por um magistrado do Ministério Público e não por um juiz. Nem percebo porque foram os dois constituídos arguidos, suspeitos de dois homicídios por negligência. Não tenho de perceber. Em Portugal ninguém tem de perceber a Lei. Temos é todos de a cumprir…
Na terra, no mar e no ar, o instrutor de condução, o mestre de navegação e o instrutor de voo são sempre os únicos responsáveis. Civis e criminais. Os alunos não têm qualquer autonomia para decidir. Porquê constituir arguido o aluno Rui Relvas? Não percebo. Carlos Conde de Almeida é conceituado entre a comunidade aeronáutica e tido por muito experiente. Se é verdade que trabalhou na TAP, que tem mais de 500 horas de voo e que é instrutor, porque foi o seu aluno constituído arguido? Não percebo!
Famosos
|Análise à tragédia da queda de avioneta na praia de São João da Caparica
A opinião de Hernâni Carvalho