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Ainda a estamos a ver como Mafalda em “ Amor Maior”(SIC) mas Filipa Areosa, 27 anos, já abraçou novo desafio profissional. Na pele da assessora da assessora de um ministro (sim leu bem, não é erro!), ela será Vera em “País Irmão”, uma série cómica que mistura novelas e política e que a RTP1 estreia já dia 11 de setembro. A atriz ficou contente com esta experiência mas lamenta não ter ido ao Brasil onde alguns colegas – Nuno Lopes, José Raposo, Afonso Pimentel e Maria João Bastos – gravaram parte da história escrita por João Tordo, Tiago R. Santos e Hugo Gonçalves.
Esta série é uma sátira às novelas. A Filipa faz novelas, que tal é brincar com isso?
Acho engraçado. Mas, atenção, que é tudo levado ao extremo. No entanto, há muitas coisas com as quais nos identificamos. Esta parte é bastante convidativa ao público. Porque vão ver como tudo funciona, a produção, a escrita dos diálogos, como é que os atores se dão…
Como é a sua personagem?
Chama-se Vera e é a assessora da assessora da ministra da Cultura. Ela saiu há pouco tempo da faculdade e está a ambientar-se e a perceber o que é isto de trabalhar no ministério. Vai ser uma das impulsionadoras da produção de uma novela histórica que pretende abafar um caso da vida real que todos querem esconder.
É uma produção com elenco português e brasileiro…
Sim… a Natália Lage, o Marcos Pasquim. São incríveis, muito bons atores, e isso ajuda 200 mil por cento. Simpáticos e muito acessíveis, ao contrário do que podíamos pensar. Vi trabalhos do Marcos, como a novela “Kubanacan” [SIC]. E está a ser incrível. Tenho pena de não ir ao Brasil…
O que a encanta no país?
Principalmente o povo. Os brasileiros têm boa disposição, boa energia, para eles está sempre tudo legal e são superprofissionais.
Como surgiu o convite?
Através da minha agência. Fiz um casting e fiquei. Estou muito contente. Acho que é uma série que vai marcar o público, como “Os Filhos do Rock”. O texto está muito bem escrito , dirigido e realizado.
O curioso é que este papel cómico surge logo depois de ter feito uma doente oncológica na novela…
A Vera é cómica pelas situações. Não estamos a trabalhar em moldes de comédia. Há situações e cenas que têm graça. Trabalhámos isto de uma forma muito séria para não irmos para o lado do cómico óbvio.
Falando de outra coisa, o seu cabelo está diferente depois de o ter rapado para a novela. Gosta mais assim?
Estou a aproveitar todas as fases do seu crescimento. Obviamente que tenho saudades de ter o cabelo comprido, mas faz parte. Foi um grande desafio e como não vou ter oportunidade tão cedo de fazer isto outra vez, estou a aproveitar cada fase. Ele há-de crescer.
Acredito que seja conhecida na rua por este papel em “Amor Maior”.
Sim, se bem que está mais calmo porque já não está rapado. Foi uma personagem que marcou o público por causa do cancro. Há pessoas que gostam de vir falar comigo e partilhar as experiências delas. Ainda no outro dia, um senhor veio dizer-me que a mãe tinha passado por este drama.
Foi difícil interpretar uma doente oncológica?
Não é uma questão de ser difícil. O tema é que é mais difícil. Há que ter mais cuidado e não tratarmos o assunto de uma forma leviana.
Vamos vê-la em alguma novela em breve?
Para já não. Tenho um filme que vou fazer com a Cleia Almeida e poderei fazer teatro.
Vai ter tempo para férias?
Vou tendo pequenas férias. Mas assim grandes e programadas não tenho nada específico. Mas não me importo porque gosto é de trabalhar.