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José Carlos Malato vive dias difíceis ligados à situação de doença do pai e parece ter passado de um estado de tristeza profunda a uma raiva incontida. O apresentador de televisão tem utilizado as redes sociais para revelar o descontentamento que diz sentir em relação aos médicos que acompanhamento o seu pai, António Malato, que desde há meses trava uma verdadeira batalha contra o cancro. Malato cita declarações da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos para recordar a importância da nutrição na doença, bem como quão relavante é “proporcionar conforto e potenciar a qualidade de vida através da alimentação”. Exactamente o contrário do que certa médica e enfermeira de cuidados paliativos domiciliários me fizeram crer. A mim e à minha família. ‘Se não quiser comer, não come, se não quiser beber, não bebe’.”, escreve em tom acusatório, acrescentando que “o meu pai deu entrada na reanimação do Hospital de São Francisco Xavier desnutrido e em desidratação extrema. A isto chamo eu a distanásia de Calcutá!” O termos distanásia compreende um prolongamento artificial da vida em situações terminais.
O desagrado prossegue quando José Carlos Malato se refere aos médicos da Fundação Champalimaud como “beatos (im)piedosos do Champalimmaud de Calcutá”, de quem o pai se terá “libertado” ao ter sido deslocado para o Hospital de São Francisco Xavier. E diz mais, ao afirmar que o progenitor é simplesmente “um homem, sem pretensões a mártir. A medicina não pode ser escrava de nenhuma fé”.