O futebol faz parte do passado de Carlos Martins, de 36 anos, que agora vive para a família: a mulher Mónica, e os filhos, Martim, Gustavo e Maria Inês. “Enquanto jogador, sempre tive o prazer de acompanhar a minha família. Era um gosto poder levar os meus filhos à escola, estar todos o tempo possível com eles, sobretudo depois do que se passou com o Gustavo”, conta o ex-futebolista.
É com um largo sorriso e um olhar de felicidade que dá a notícia de que o pior já passou para Gustavo, agora com 9 anos. “Ele está ótimo.” Recorde-se que, em 2011, Carlos Martins anunciou que o filho, então com 3 anos, sofria de aplasia medular. A família sofreu durante meses até ser encontrado um dador compatível, que veio dos Estados Unidos da América, e a criança foi submetida, em 2012, a um transplante de medula óssea, no Instituto Português de Oncologia, em Lisboa.
Seis anos depois da operação, e de Gustavo ter terminado a medicação em 2017, o internacional português e a família respiram de alívio. “Em termos clínicos está bem.” Contudo, enquanto pai, mantém-se vigilante e preocupado. “Mesmo tendo sido dado como clinicamente bem, que o pior já tenha passado, o medo está sempre cá”, confidencia.
Ver o filho curado tornou-se uma missão para Carlos Martins, como realça: “Foi a minha grande luta e só tenho a agradecer todo o apoio que recebemos”. Por isso, só tem razões para sorrir. “A família está feliz e, agora, é usufruir da vida. Aliás, a doença do meu filho mudou a minha visão perante a vida, em todos os aspetos. Passei a dar valor a coisas que antes não dava.”
Além de Gustavo, é pai de Martim, de 7 anos, e de Maria Inês, de 5. “Queria muito ter uma rapariga e a Maria Inês é a menina dos meus olhos”, diz, completamente derretido com a filha. O ex-jogador tem ainda uma enteada, Bruna, de 18 anos, fruto de uma relação anterior de Mónica.