Inscreveu-se por não ter nada a perder, para aproveitar que estava em casa de baixa médica e porque sempre teve o desejo de se aventurar num reality show. As mais de quatro décadas que já viveu não a impediram de entrar em “Quem Quer Namorar com o Agricultor?”, nem tão pouco o percurso, por vezes difícil, que tem tido. Após muito tempo em silêncio, Isabel Almeida conversou em exclusivo com a TvMais para se dar a conhecer um pouco melhor.


Um dos seus piores pesadelos terminou em janeiro, quando se viu a contas com uma endometriose profunda. “Tinha muitas dores e ninguém conseguia perceber porquê. O endométrio [membrana mucosa que reveste a parede uterina] ficou espesso, o sangue não era expelido normalmente e começou a afetar o intestino. Tive de tirar o útero e o intestino. Não era um tumor, mas poderia degenerar e tirava-me qualidade de vida”, revela, esclarecendo que até aqui a sua vida foi “muito condicionada”. “Houve alturas em que tive de faltar ao trabalho, tinha dores horríveis.” A candidata está de baixa desde janeiro e deverá voltar ao trabalho em junho. Aproveitou, por isso, este período para se aventurar. “Nunca iria pôr uma licença para entrar num programa destes, mas como estava de baixa, inscrevi-me.” Foi selecionada e tem dado que falar. Mas a verdade é que a sua participação foi bastante limitada: “Não podia fazer esforços, conduzir, pegar em pesos.
A produção sabia disso desde o primeiro dia e nunca houve problema nenhum. Foram sempre impecáveis”,
sublinha Isabel, realçando ainda que nunca teve relações sexuais com João Neves. “Vinha de uma operação, nem podia ter relações, por isso não podia ser verdade. Cheguei a brincar com isso. Reparem, o menino do João chegou a estar quase uma semana connosco. Alguma vez me ia meter a dormir com ele e o menino?”, frisa.


Violência doméstica e morte
Isabel Almeida vem de uma família “um bocadinho problemática”. Os pais separaram-se quando tinha apenas 8 anos e desde tenra idade que assistiu a episódios de violência doméstica. “Deixa marcas para sempre. Nunca vou permitir que isso aconteça comigo”, revela. O divórcio dos pais ditou também um afastamento entre a candidata e o progenitor. “Tinha medo dele. Não havia uma ligação de pai e filha… Mas tirando essas situações, tive uma infância normal, sou uma pessoa muito bem-disposta”, completa. A auxiliar de ação educativa voltou a aproximar-se do pai na reta final da vida deste, tinha ela, então, 18 anos. “Foram dois meses desde a descoberta da doença até à morte dele, com um tumor na cabeça. Mas nunca lhe faltei, ele não tinha mais ninguém. Ainda não tinha carta de condução, tinha de ir de transportes ou de táxi para os hospitais. Foi muito duro”, recorda a candidata, com pesar. Aceitar esta partida não foi fácil. “Foi algo que não ficou bem resolvido na minha vida. Essa altura foi também um ponto de viragem. Fiquei traumatizada. A minha mãe também era uma pessoa doente – felizmente ainda hoje é viva – e achei que a ia perder mais cedo ou mais tarde.” Foi então que tomou uma decisão radical: casar-se.

Separação e depressão
Com um namorado desde os 15 anos, Isabel acabou por trocar alianças aos 20 anos. “É outro dos acontecimentos da minha vida que se voltasse atrás… voltaria a fazê-lo. Fui feliz com o pai da Joana – o meu maior tesouro – e ainda hoje temos uma relação muito boa”, conta. Três anos após o casamento nasceu a filha, hoje com 18 anos, e dois anos depois decidiu divorciar-se. “Ele é motorista de pesados e passava muito tempo fora. Sentia-me sozinha na mesma. Queria mais e não estava feliz com aquele casamento. Mas o pai da Joana nunca nos abandonou”, confidencia.

Separada, voltou a ter de fazer alterações à sua vida. “Arranjei outro trabalho, à noite. Não conseguia pagar casa, carro, as despesas do dia a dia, apesar de o pai da Joana nunca ter falhado com nada. E como não gosto de ficar a dever nada a ninguém e ter as minhas coisas, assim o fiz.” E, aos 30 anos, voltou a ter de lidar com uma forte adversidade. “Tive uma depressãozinha, um esgotamento, e tive de largar o trabalho na noite para arranjar outro”, conta, revelando que, mais uma vez, foi-se abaixo: “Foi tudo junto… Ainda a morte do meu pai, uma outra relação que tive depois de me separar, muito complicada a nível emocional e que durou algum tempo. Chegou quase a ser uma relação doentia”. Sem que nada o fizesse prever, até porque estava de férias e a filha estava com o pai, mergulhou num pesadelo. “Não fazia nada, estava o tempo todo na cama… Tive de procurar ajuda médica”, refere Isabel. Fê-lo e voltou a entrar nos eixos. “Precisava de estar bem para trabalhar. Fui fazendo a minha vida normal, muito mais focada na minha filha e nas minhas obrigações, deixando a parte emocional um bocadinho de lado”, frisa ainda.

“Estou de coração aberto”
Hoje, é uma mulher “normal”, mas que não acredita muito no amor. “Não sou filha de um casamento feliz, não tive um casamento de afetos, depois tive essa tal relação que foi completamente diferente, que foi quando fiz o ponto de viragem de menina para mulher… E depois fui tendo algumas relações, mas nunca funcionaram muito bem. Tornei-me exigente ao longo do tempo”, esclarece Isabel, rematando: “Mas estou sempre pronta para dar uma oportunidade de conhecer as pessoas. E estou de coração aberto para tudo”.

No vídeo, veja ainda João Neves e Isabel em clima de romance.

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