Desde que passava os dias em frente ao pequeno ecrã, ainda criança, a tornar-se a maior transferência de todos os tempos no mercado português, não passaram muitos anos. Aos 42, Cristina Ferreira consegue uma nova marca na sua carreira ao quebrar a ligação com a SIC, naquela que já tinha sido a maior aquisição feita por um canal de televisão, e mudar-se novamente para a TVI de forma inesperada e com muitos euros no contrato. A “senhora televisão” passará a ganhar um salário anual bruto de 2 milhões e 600 mil euros, que engloba cerca de metade em 12 ordenados e os restantes em comissões por objetivos e subsídios de função, entre outros. Isto, além da divisão de lucros, se estes existirem, pois a apresentadora está interessada em tornar-se acionista da Media Capital.
Seja como for, Cristina é, de facto, o Cristiano Ronaldo da TV nacional, embora longe de ganhar os 31 milhões por ano que este leva para casa na Juventus. Afastada do melhor do mundo, mas a auferir mais do que muitos jogadores da Liga Portuguesa e vários números acima do Presidente da República, que tem como vencimento 6523 euros. Cristina volta a fazer história nos média em Portugal!
Longe vão os tempos em que entrou na TVI, em 2002, para apresentar os “Diários do Big Brother”, e em que recebia 500 euros por mês a recibo verde. Foi aumentada quando, dois anos depois, Júlia Pinheiro a escolhe para fazer parceria com Manuel Luís Goucha nas manhãs do canal, mas só passou a ganhar bem em 2010, quando viu o seu salário disparar para 25 mil euros mensais, 300 mil por ano mais parte das promoções feitas no programa. Nesta fase, já era líder no seu horário e a concorrência sondava-a. O novo salto deu-se em 2013, ano em que passou para o dobro quando recebeu o convite de Júlia Pinheiro para ingressar no canal de Carnaxide à altura. Recusou, mas negociou na TVI!
Esse foi o ano da grande projeção de Cristina fora do ecrã, com a criação de um blogue que trouxe muitas parcerias e marcas devido ao sucesso que teve desde logo. Foi também nessa altura que se estreou num programa a solo, “Dança com as Estrelas”, e que se tornou diretora de Conteúdos Não Informativos, cargo que ocupou até 2018, quando bateu com a porta e informou Queluz que não renovava.
As suas malas estavam feitas para se mudar para o canal de Balsemão, depois de ter recebido novo convite, desta vez de Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa, e de Daniel Oliveira, diretor de Programas. Estes ofereceram-lhe a possibilidade de desenvolver o programa com que há muito sonhava e que a TVI recusara, e um milhão por ano se cumpridos os objetivos, a começar pelas manhãs, que conseguiu logo na estreia. O seu ordenado era superior ao do CEO do grupo. Agora, volta a cometer a proeza. Ao aceitar regressar à sua “casa” em Queluz, Cristina passará a receber 2,6 milhões de euros anuais, o que, dividido por 12, dá mais de 217 mil euros mensais, acrescido do que ganhar com as telepromoções (cerca de 33 mil por mês). A estes valores astronómicos, Cristina ascende a um património avaliado em mais de quatro milhões de euros.