“Quem tem fome, tem pressa”, diz José Carlos Malato, ele que há vários meses faz voluntariado na delegação de Cascais do CASA – Centro de Apoio ao Sem-Abrigo. “As pessoas precisam de comer todos os dias. O medo não dever ser um obstáculo ao civismos e cidadania”, defende o apresentador que às quartas e sextas-feiras, pelas 18 horas, se desloca à cozinha comunitária em S. Domingos de Rana para encher os sacos. “Levo duas refeições, uma para o jantar desse dia e outra para o almoço do dia seguinte. Junto ainda pão, fruta e iogurtes. Para quem pode cozinhar, acrescento peixe congelado. Como já conheço bem as pessoas, para as que têm falta de alguns dentes tento levar-lhes alimentos mais fofos e fáceis de mastigar”, revela.
Depois de encher os sacos, Malato faz a distribuição dos mesmo em bairros sociais e a pessoas carenciadas da freguesia de S. Domingos de Rana. “É bastante reconfortante quando regresso a casa. Sinto-me em paz porque aquele grupo de pessoas tem duas refeições para comer”, confidencia a estrela da RTP, sem esconder, devido ao seu histórico de doença cardíaca, o receio de contrair o novo coronavírus. “Estou no grupo de risco e é claro que tenho medo”, admite José Carlos Malato, acrescentando: “É mais confortável ficar em casa do que andar na rua quando os números da pandemia são assustadores. Só que não me sinto bem a ficar fechado em casa sabendo que há pessoas que precisam de ajuda. Meto o medo no bolso e vou ajudar”. O apresentador conclui: “Faço isto há vários meses com a minha irmã, o meu cunhado e a minha sobrinha, que, apesar de ser jovem, entende a importância de ajudar. As pessoas já nos conhecem e percebem que o fazemos com dignidade”.