
Cinco anos passaram desde que Sofia Ribeiro recebeu o diagnóstico de cancro de mama. Uma longa luta teve depois início e a atriz superou a doença. Porém, durante muito tempo essa fase difícil estava muito presente na sua vida. Porém, o tempo surte o seu efeito e Sofia confessa que começa a “esquecer” essa data que mudou a sua vida. No Instagram, publicou um texto em que reflete sobre essa etapa e todos os sentimentos que lhe estão associados.
“Percebo que um dos nossos aniversários passou e eu quase não me lembrava…. Acho que te começo a “esquecer” e essa sensação traz-me uma mistura de sentimentos. Fico alegre de perceber que no meu coração te começo a deixar ir, que começas a fazer parte do passado. Cada vez escrevo menos sobre ti ou relembro o que passamos juntos.
Por outro lado, tenho medo que ao esquecer-te, me esqueça também do que me ensinaste. Tenho medo de me esquecer que a vida é agora, que reclamar não adianta de nada, que não devo despender a minha energia com pouco e que sou mais feliz quando amo e aceito a vida como ela é.
Tenho med de esquecer que tudo isto é frágil e pode acabar a qualquer momento… Tenho medo de me esquecer do quanto sou forte e de tudo o que já sobrevivi.
Estou cada vez mais a deixar-te ir mas ainda encontro conforto ao lembrar-te.
Mas não voltes! E eu prometo que mantenho a memória viva e o coração aberto.Passaram 5 anos desde que fui operada ao tumor que descobri aos 31 anos na mama esquerda.
É estranho…Fecho os olhos e parece que foi ontem!… Não foi, ontem estava tudo bem. Hoje felizmente, tudo ainda melhor!…
Graças a Deus que passaram 5 anos.
Até me apetece dizer palavrões! É a mais pura verdade.
Que bom que já passou tanto tempo! Que bom!!!
Fico sim emocionada só de pensar.
Acho que ficarei a vida toda, enquanto cá andar.
Por mais que se sejas sensível ao tema, desperto, solidário. Só quem passou é que percebe a dimensão do que vos escrevo.
A mulher da primeira foto, sou eu.
A mulher da segunda foto, também!
Eu amo as duas e tudo aquilo que sou hoje.
Um sorriso para todas as minhas amigas do peito.
As que conheço, e as que não. “