Apesar de, tendo em conta o depoimento de Tony Carreira, o relacionamento entre o artista e o namorado da filha não ser muito próximo, a verdade é que o romance de Ivo Lucas e Sara Carreira ia de vento em popa, tanto que já partilhavam o mesmo teto.
De acordo com os autos, à GNR, Ivo Lucas, “perguntado à data dos factos, onde iniciaram a viagem, bem como qual o destino, respondeu que no dia em causa iniciaram a viagem pela manhã na Charneca da Caparica, local onde o arguido residia com a Sara”. Quando lhe foi pedido para descrever ao pormenor a sequência de acontecimentos relativos ao acidente de viação, disse que “realizavam uma viagem entre Porto e Lisboa, que estava chovendo um pouco, que estavam a conversar os dois e a Sara diz ‘cuidado’ no momento em que o arguido vê um vulto de um veículo à sua frente”.
O Leandro de “Amor, Amor” diz que depois disso já só se recorda de “se encontrar de pé, fora do veículo em plena autoestrada. Refere ainda que quando pensa no sucedido possui três memórias curtas sobre o acidente, que inicialmente sente o movimento do próprio veículo, depois o raspar e por último encontrar-se já fora do veículo”. Ivo não se recorda de mais nada e faz poucas considerações sobre os intervenientes do acidente e sobre o que se passou em concreto naquele fim de tarde fatídico, pois a sua memória não o permite. Não sabe, inclusivamente, responder porque é que estava em tronco nu quando foi encontrado fora do veículo a andar na autoestrada.
O ator afirma que estava em plenas condições para conduzir, acrescentando ser uma “pessoa saudável”, que não faz qualquer tipo de medicação nem tinha qualquer tipo de “instabilidade emocional ou conflito pessoal”, afirmando apenas que no dia anterior ao acidente “teve gravações na SIC – TV, tendo as mesmas terminado por volta das 19.00 h”. O ator descreve ainda que nesse dia de viagem pararam duas vezes em estações de serviço (uma à ida para o Porto e outra à volta para a capital) e que durante a viagem de regresso Sara falou com duas pessoas ao telefone: o pai e a amiga Bárbara Bandeira. O jovem disse também, quando foi ouvido, em março, que estava “ainda em recuperação” e que recebia “acompanhamento psicológico”, referindo que, “após o acidente, se isolou, não tendo ainda conseguido superar o trauma”. Já no final do seu discurso contou que, “há cerca de dois anos, um amigo íntimo também faleceu em acidente de viação”.
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