Uns anos vivem o Natal em Portugal e outros anos no Brasil. Terminadas as gravações da novela “Amor, Amor”, Ricardo Pereira e a restante família já rumaram ao Rio de Janeiro onde, este ano, vão celebrar o Natal. O ator da SIC falou com o Holofote.pt e explicou as principais diferenças em viver esta quadra festiva nos dois países, mas sempre ao lado da mulher, Francisca Pinto Pereira, e dos três filhos do casal, Vicente, Francisca e Julieta.
Quais as principais diferenças entre o Natal em Portugal e no Brasil…
“Tento criar uma atmosfera muito parecida. Mas a temperatura condiciona muito. Em Portugal está muito frio e no Brasil está muito calor. Faz toda a diferença. A comida tentamos que seja muito semelhante. Além do Bacalhau, às vezes também comemos lá o perú, mas que aqui também há. Os doces às vezes são um bocadinho diferentes. Não abdico dos sonhos! O que é estranho ver no Brasil é os Pais Natal muitas vezes de calções a andar na praia ou a ir ao banho. É um outro espírito”.
O que é que ninguém sabe sobre o seu Natal?
“Sou eu que faço de Pai Natal. Todos os anos! Apareço na rua mascarado a rigor. As miúdas vão à janela e veem o Pai Natal. Não dá para perceberem que sou eu. Não dá mesmo! Ando curvado, tem pouca luz, vou carregado com os presentes. Elas sabem que não podem estar perto da porta quando o Pai Natal deixa os presentes. Tem de ser assim, bem feito para alimentarmos o sonho deles… Ainda há dias fiz de Fada do Dente (risos). E acordaram todos com umas flores em cima da escova de dentes. E o Vicente, que tinha perdido um dente, ganhou um dinheirinho. Porque escreveu uma carta para a Fada do Dente”.
“Sou eu que faço de Pai Natal. Todos os anos! Apareço na rua mascarado a rigor. As miúdas vão à janela e veem o Pai Natal. Não dá para perceberem que sou eu”
(Ricardo Pereira)
-Onde e com quem vai passar a Consoada?
“Vou passar em casa de uns amigos [o casal de atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank] no meio da serra do Rio de Janeiro, também com a família deles. Já passámos vários Natais juntos lá e eles connosco em Portugal.”
O Natal é…
“Estarmos com pessoas de quem gostamos para darmos abraços, experiências e conversas boas. E olharmos mais também para aqueles que não conhecemos. É uma época que carrega muita solidariedade e espírito de amizade. É também fazer uma refeição quentinha. Quase um ‘reset’ na nossa vida e pensarmos como foi o último ano. Como um balanço de tudo o que aconteceu.”
Nesta época não gosto…
“Do consumismo exacerbado. Deixo sempre os presentes para a última hora. Este ano não vou deixar! Já no ano passado fiz a mesma coisa. Quero chegar descansado ao Natal.”
O que não pode faltar na sua mesa de Consoada?
“Bacalhau. É fundamental.”
Doce de Natal preferido?
“Adoro sonhos.”
Os filhos ainda acreditam no Pai Natal?
“Sim. O mais velho já não. Mas eu expliquei-lhe: ‘Há um Pai Natal! E depois há os ajudantes, porque ele não consegue estar em todos os pontos do mundo ao mesmo tempo. E tu, hoje em dia, já és um ajudante do pai Natal’. Ele percebeu”.
A melhor recordação de Natal?
“Os Natais que passei com os meus avós e os meus primos todos em Lamego. Duas mesas enormes, para os adultos e para as crianças. A lareira acesa. Hoje já é mais difícil porque os primos cresceram, casaram, já têm as suas famílias. Para nos juntarmos já tem de ser fora de casa. Mas eram Natais muito giros. Naquela zona faz muito frio e às vezes nevava. Era o ambiente perfeito.”
“Ganhei uma vez uma nota de 500 escudos do meu avô que tenho até hoje. Escrevi nela e guardei-a. E lembro-me de uma pista de carros que ganhei. Achava aquilo muito radical e uma grande inovação para a época“
(Ricardo Pereira)
Um presente que o tenha marcado?
“Ganhei uma vez uma nota de 500 escudos do meu avô que tenho até hoje. Escrevi nela e guardei-a. Naquela altura era fixe ganhar 500 escudos (risos). E lembro-me de uma pista de carros que ganhei. Achava aquilo muito radical e uma grande inovação para a época. Hoje em dia olhamos para isso e achamos ultrapassado. E uma linha de comboios que ganhei. Adoro comboios! Lembram-me viagens e o Natal. Foram presentes que me marcaram.”
O que mais deseja para 2022?
“Que a pandemia acabe de vez. É o que desejo para mim, para a minha família e para os outros. Acho que isso nos traria de volta a nossa vida e uma maior tranquilidade. Porque este ‘novo normal’ é diferente do nosso ‘normal’. A nível pessoal desejo que seja um ano muito feliz com a minha família, de novo no Brasil, que seja um ano de muitas alegrias e crescimento pessoal. É algo que valorizo muito hoje em dia: ‘Arrumar as gavetas’ e ter um olhar para o que nos acontece na vida mais ponderado. E quero que os meus filhos ganhem mais mundo, mais memórias.”
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