O que realmente aconteceu na trágica tarde de 5 de dezembro na autoestrada A1, que resultou na morte de Sara Carreira. A TvMais consultou o processo e revela todos os detalhes do relatório da GNR, assim como o depoimento de Paulo Neves, o condutor que sofreu o primeiro embate.
Nos documentos relacionados com a investigação do caso, este condutor é descrito da seguinte forma:
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O condutor que ia ao volante do carro que sofreu o primeiro embate e que acusou uma taxa de álcool no sangue de 1,18 g/l admitiu à GNR “ter ingerido bebidas alcóolicas no dia do acidente, tendo consumido juntamente com outra pessoa uma garrafa de vinho enquanto lanchavam”. Quando lhe foi “perguntado se tem por hábito a ingestão frequente de bebidas alcóolicas, respondeu que apenas consome vinho à refeição”. E questionado sobre o porquê de iniciar a marcha sabendo que tinha ingerido bebidas alcoolicas “respondeu que se sentia bem, não notava em si qualquer influência do estado de alcool e nunca supôs que iria acusar uma TAS positiva”
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O condutor revelou já ter sido “autuado pelo DT do Carregado” por “conduzir com álcool” e que “já foi interveniente em 1 ou 2 acidentes mas só com danos materiais”
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Na descrição da sequência de acontecimentos sobre a produção do acidente, Paulo Neves afirmou que circulava “ a uma velocidade moderada, cerca de 60/70/80 km/h e que a determinado momento sente um forte embate na traseira do seu veículo, tendo-se imobilizado alguns metros à frente na via da direita”
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Explica que quando “está a sair do seu veículo é coincidente com o momento em que o veículo jeep, também interveniente, está a capotar junto ao separador central”. O homem também assiste ao último embate, tendo “um veículo colidido na frente do jeep e acabou por se imobilizar mais à frente, na berma, onde se incendiou”.
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Paulo Neves conta que após o embate se deslocou em direção a Cristina Barnco e que “esteve a conversar com a sua filha menor de idade” e que isso ocorreu “com o trânsito parado, encontrando-se a condutora e a filha na berma da direita”. Diz que a artista lhe perguntou se “estava parado ao que respondeu que não”
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Paulo Neves não saiu logo do seu carro após o embate, pois “não se sentia capaz” de o fazer, tendo ficado “combalido”
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O condutor admitiu que não colocou o triângulo de sinalização, nem vestiu o colete retrorrefletor nem ligou os 4 piscas e “desconhece se algum dos intervenientes o fez”
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Admitiu que “realiza a viagem em questão diariamente há 20 anos” e que “conhece bem o local onde se produziu o acidente de viação”
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Disse que “após sair do seu veículo foi abordado pelo condutor do jeep, tendo este apenas pedido para ligarem para o 112” e que Ivo Lucas tinha visivel “uma fratura num dos braços e que, aparentemente estava em tronco nu ou fazia uso de uma T-Shirt da cor da pele”.
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Por fim, “perguntado na sua opinião o que esteve na origem da produção do acidente de viação, respondeu que desconhece”.
Ainda nesta edição, a TvMais revela, em exclusivo, o relato ao pormenor do acidente que vitimou Sara Carreira, incongruência que as autoridades encontraram na discrepância dos horários nas fitas de tempo das entidades intervenientes no caso, o depoimento de Cristina Branco e o relato do bombeiro que não encontrou sinais vitais em Sara Carreira. Disponível em bancas e em edição digital aqui.