Ao contrário da Natália de “Quero é Viver”, que muito poucas vezes ri, Fernanda Serrano é de gargalhada fácil e falar desta personagem deixa-a de sorriso no rosto.
“Esta novela passa muito a mensagem de que temos de ir atrás da vida, das emoções, do que nos faz sorrir, do que nos faz ter sangue na guelra e é disso que eu gosto. Tenho-me divertido bastante”, começa por contar, ela que não esconde que o percurso desta personagem “tem sido alucinante”. Mas, avisa, “não é muito distante daquilo que é a realidade de muitas pessoas”. “A diferença é que estas personagens são todas mais verdadeiras e genuínas no que sentem e verbalizam aquilo que no nosso imaginário é o que está certo fazerem.”
Episódio após episódio, a mais velha das irmãs Lobo tem motivos para se retrair, muito por culpa do amor que tem por dois homens. E drama é o que não tem faltado. Recentemente foram exibidas as cenas em que a psicóloga sofre um aborto e estas, em particular, tocaram muito Fernanda Serrano.
“Nunca são cenas fáceis, embora estejamos a falar de ficção. É algo que tem de ser integrado no nosso conhecimento enquanto mães e mulheres e uma mulher que é mãe consegue viver esta cena de outra forma. São sequências que não são fáceis e se eu pudesse não as fazer era ótimo mas são parte da vida”, conclui.