Carla Andrino e Mário Rui são os verdadeiros noivos de Santo António! Conheceram há 40 anos a 12 de junho, na noite mais popular de Lisboa e em que as marchas dos bairros descem a Avenida da Liberdade. “12 de junho é sempre uma noite muito especial para nós”, revela a atriz que podemos ver como a divertida Naná da novela “Sangue Oculto”, na SIC. E, dessa forma, foram várias as vezes que, juntos, já desfilaram nas marchas populares como madrinha e padrinho do bairro da Graça.
No último 23 de janeiro celebraram 37 anos de casamento. Assim, o casal tem dois filhos, Martim e Marta Andrino, e quatro netos. “Ele continua babado por mim e é o meu maior fã. E eu fã dele! O Mário é o amor da minha vida”, confidencia a artista e psicóloga, hoje com 56 anos, garantido que, passadas quatro décadas, continua a receber diariamente ternurentas declarações de amor: “Não são apenas declarações verbais. São gestos também! Como fazer-me o pequeno-almoço. Faz questão de ser gentil e retirar o carro da garagem e deixar ligado para eu ir trabalhar. Muitas vezes me pergunta: ‘Já disse hoje o quanto te amo?’. E digo-lhe: ‘Já!’ Com todos os gestos que ele me faz, diz o quanto me ama de diferentes formas. E assim alimentamos o amor”.
“Não é sorte. É investimento, propósito de vida”
Carla Andrino assegura que são vários os “segredos” para manter um casamento feliz e que é um processo constante: “Quando me dizem ‘que sorte o marido que tens’, respondo sempre que não é sorte. É investimento, é propósito de vida. Não podemos não fazer nada e esperar que apareçam maridos, mulheres ou companheiros ‘por sorte’. Também pode haver uma estrelinha da sorte, sim, mas é muito mais do que isso. É, juntos, falarmos, chorarmos, zangarmos, darmos murros na mesa, reforçarmos positivamente as coisas quando elas estão bem, é dizermos ‘adoro que faças isso’ ou até dizermos ‘não me estou a sentir nada confortável”, confidencia assim a artista.
“Chamar as coisas pelos nomes”
Dessa forma, acrescenta ainda! “Quando as coisas não estiverem bem, acertarmos o passo. Mas nunca deixando de dizer. Porque só assim é que o outro pode saber o que sentimos e também ter oportunidade de mudar, alterar ou modificar. Verbalizar sempre tudo e de forma clara! Chamar as coisas pelos nomes… Não deixarmos as coisas como subentendidas. Não é partirmos de pressuposto que o outro percebeu o que só está dentro da minha cabeça e do meu coração”.
“É preciso amor, respeito, admiração. Mas nunca perdemos o nosso ‘Eu’. Primeiro sou Carla, foi assim que nasci. E depois sou mulher do Mário. Gosto de desenvolver a gratidão à vida. Aproveitar ao máximo o agora. Não é amanhã, é hoje! Sei lá se há amanhã”
(Carla Andrino)
Por fim, veja (em seguida) o vídeo em que Carla Andrino não conteve a emoção ao recordar a amiga e colega Maria João Abreu que perdeu a vida a 13 de maio de 2021: