O dono da TVI falou hoje sobre os motivos que o levaram a não ir na expedição e sobre a tragédia do Titan, após ter sido confirmada a morte dos cinco tripulantes a bordo do submersível que implodiu a explorar os destroços do Titanic.
Mário Ferreira explicou porque não foi na expedição, apesar de ter bilhete comprado, ao mesmo tempo que lamentou a morte do bilionário e explorador Hamish Harding. “Ganhei uma vida, mas perdi um amigo”, afirmou no ‘Jornal das 20h’ da TVI.
O empresário explicou, então, que decidiu não ir na expedição por detetar fragilidades no submersível. “Não senti segurança na estrutura do Titan”, relevou.
Tragédia
Mário Ferreira contou ainda que, na brochura, o Titan parece ser robusto, contudo a imagem não corresponde ao seu estado real. “O Titan pareceu-me demasiado frágil”, sublinhou. Até porque se tratava de um veículo experimental. O que, aliás, estava bem expresso no contrato que integra o bilhete.
Ainda assim, ressalva que até o CEO da OceanGate acreditava na ‘robustez’ do aparelho, a ponto de também ter ido nesta viagem trágica.
Mário Ferreira contou ainda que já sabia que o veículo tinha implodido, tendo mesmo referido que foi um “acidente instantâneo”.
O dono da TVI revelou ainda que, ao contrário de uma ida ao espaço, nestes casos não há “um plano B” ou “um plano de fuga”.
Veículo experimental e sem certificação
O empresário falou ainda dos sons que tanto se falou e corroborou o que já havia sido dito por alguns especialistas, este veículo não estava certificado. O Titan não tinha certificação. Existem mais nove que podem descer aos 4 mil metros, mas são certificados.
Mário Ferreira cruzou-se com o amigo bilionário e explorador britânico Hamish Harding na última sexta-feira, numa conferência nos Açores. Contudo, o empresário voltou a dizer que não iria na viagem, apesar do amigo insistir.
O submersível Titan desapareceu no domingo no Atlântico Norte, logo depois de descer para explorar os destroços do Titanic. A bordo estavam 5 pessoas: Stockton Rush, o diretor-executivo da OceanGate, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e o seu filho, o especialista no naufrágio do Titanic, Paul-Henry Nargeolet e o bilionário e explorador Hamish Harding.