O Papa Francisco recebeu sete artistas nacionais na Capela Sistina, no Vaticano. O encontro aconteceu esta sexta-feira, dia 23, e reuniu centenas de autores de todo o mundo. Pedro Abrunhosa, Joana Vasconcelos, Vhils, Rui Chafes, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares e Marta Braga Rodrigues foram os nomes portugueses convidados.
Ora, o Papa Francisco aproveitou o momento para fazer um apelo.“Não se esqueçam dos pobres, que são os preferidos de Cristo, em todas as formas em que se é pobre hoje. Também os pobres necessitam de arte e de beleza”. Alías, o Sumo Pontífice afirma que os pobres necessitam ainda mais de arte por sofrerem grandes privações. “Normalmente, não têm voz e vocês podem ser intérpretes do seu grito silencioso”.
Em seguida, o o líder da Igreja Católica pediu aos artistas para não cederem à “falsa beleze cosmética”. Afinal, acredita que tal aumenta as desigualdades sociais. Desse modo, pede aos artistas para serem “sentinelas do verdadeiro sentido religioso, por vezes banalizado ou comercializado”. “Sinto que sois aliados de tantas coisas que me são caras, como a defesa da vida humana, a justiça social para os últimos, o cuidado da nossa casa comum, o sentimento de que somos todos irmãos e irmãs”.
Por fim, o Papa apelou ao príncipio da harmonia que a arte consegue transmitir. “Ajudai-nos a vislumbrar a luz, a beleza que salva”.
A saber que este encontro marca o 50º aniversário da inauguração da Coleção de Arte Moderna e Contemporânea dos Museus do Vaticano. Como tal, o Papa Franscico convidou muitos nomes das artes, além dos nossos artistas nacionais. Aliás, neste grupo estavam outros nomes conhecidos, como o cantor brasileiro Caetano Veloso ou o pianista italiano Ludovico Einaudi.