Começou esta quarta-feira, 9 de Novembro, o julgamento que opõe a SIC a Cristina Ferreira. Na parte da manhã, a apresentadora prestou o seu depoimento. Já à tarde, foi a vez de Francisco Pedro Balsemão responder às perguntas da juíza e dos advogados. E, após o depoimento, o “patrão” da SIC reage ao início do julgamento de Cristina Ferreira.
Mal saiu da sala de audiências, o CEO do Grupo Impresa, mostrou-se tranquilo e sereno. Primeiramente, recusou falar aos jornalistas, mas acabou por afirmar: “Confio que se faça justiça”. E mais não disse. Em seguida, a juíza chamou a imprensa presente para fazer o balanço deste primeiro dia de julgamento.
Segundo a magistrada, a maior “dissidência entre as partes, não está entre a matéria de facto, mas em matéria de Direito”. Ou seja, “A forma de cálculo da indmnização”. Se a SIC quer que o valor seja calculado não apenas tendo por base o ordenado fixo como também o ordenado variável, a ré defende que seja apenas sob o ordenado fixo.
Apesar de tudo, no seu balanço, a juíza mostra-se confiante num desfecho. “Está tudo a correr bem, está tudo a correr tranquilamente”, referiu, por fim. Estas declarações surgiram no final da primeira sessão do julgamento. À saída da sala de audiências, Francisco Pedro Balsemão acabou por sintetizar o seu estado de espírito: “Espero que se faça justiça”, disse o “patrão” da SIC que reage, desta forma, ao início do julgamento de Cristina Ferreira. Esta sexta-feira, 10 de Novembro, começam a ser ouvidas as testemunhas.
Audiências à porta fechada
Conforme recordámos, aqui, os jornalistas não puderam acompanhar a audiência. Segundo a magistrada, tratou-se de um pedido da diretora da TVI, sem oposição da parte da SIC.
Aliás, Maria Teresa Mascarenhas destacou os motivos para aceitar o pedido. “Entre elas também a circunstância de um dos fundamentos desta ação ser a violação da confidencialidade do contrato por parte da Cristina Ferreira. Que é alegado pela SIC. Ora, se esta é uma das razões que está aqui em causa, abrir as portas ao julgamento em que se vai discutir todo o contrato, seria eu própria a abrir as portas a essa confidencialidade.” Ou seja, a juíza destaca que, o principal motivo tem a ver com os valores a discutir.
De recordar que a SIC e Cristina Ferreira se sentam finalmente frente a frente no tribunal, três anos após a saída abrupta da apresentadora. Em Setembro de 2020, dois meses depois de Cristina “bater com a porta”, a estação de Carnaxide avançou com a ação.
A SIC exigia uma indeminização de 20,3 milhões de euros. Mas, em Abril deste ano, a SIC entregou um requerimento no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste para atualizar o valor da indemnização. A estação do grupo Impresa pede agora 12,3 milhões pela quebra do contrato. Curiosamente, a estrela da TVI, de resto, sempre disse que “a referida quantia não tem qualquer fundamento ou base contratual”.
Assine aqui a nossa newsletter e seja o primeiro a saber o que está a dar que falar!