
Um ano depois de perder o processo contra a TVI, Leonor Poeiras já não pode mais recorrer. De acordo com o jornal Correio da Manhã, a apresentadora moveu um recurso no Tribunal de Relação de Lisboa que foi negado e, portanto, já esgotou as tentativas. Além disso, conforme a publicação, Leonor “não terá de pagar nada” à estação.
De recordar que a apresentadora agiu judicialmente contra o canal para o qual trabalhou durante 17 anos por tê-la alegadamente despedido sem motivo válido e por outro lado, sem a ressarcir pelo longo período de tempo que dedicou à estação. Sendo assim, Leonor Poeiras moveu um processo contra a TVI a pedir uma indemnização de 1 milhão e 286 mil euros.
Em janeiro Leonor Poeiras usou as redes sociais para falar sobre o tema. Na época, a apresentadora ainda aguardava o resultado do recurso que apresentou em 2023. Entretanto, afirmava saber que a decisão poderia demorar e que seguiria lutando por justiça.
“Sempre soube, desde o início, que um processo destes pode levar 4, 5 anos a ficar concluído. Acredito que para a maioria seja surpresa, para mim, não. Não preciso da decisão final para ser feliz, ía lá eu sujeitar me a ser infeliz tantos anos… mas preciso para continuar a acreditar na justiça. Para mim, são fundamentos essenciais, a verdade e a justiça. Mais importantes que a minha profissão. É isso”.
Recorde o caso
Estreou-se na TVI em 2003 como estagiária na informação. Leonor Poeiras foi afastada pela estação ao fim de 17 anos de profissão e mais de 25 programas em que deu a cara. A apresentadora interpôs um processo em tribunal contra o canal de Queluz de Baixo para que a Justiça reconheça a sua carreira e reposição de todos os valores de subsídios que nunca lhe foram pagos. A TvMais consultou o processo e, como refere na sua atual edição, o valor que a queixosa pede é de 1 milhão 286 mil 608 euros e 20 cêntimos.
Este valor tem em conta o ordenado de 13 mil euros que chegou a receber, calculando ainda indemnização de antiguidade, as remunerações que deveria ter auferido desde a data da sua dispensa, as diferenças salariais entre o que deveria ter recebido e o que efetivamente ganhou, subsídios de Natal e férias que nunca lhe foram pagos e ainda uma indemnização por danos morais. O caso arrasta-se na Justiça há quase dois anos, tendo havido uma primeira audiência de partes em abril de 2021.