Recentemente Catarina Furtado esteve no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, e conversou com o jornalista Bernardo Mendonça sobre uma série de temas da vida privada. Entre eles, voltou a falar sobre os casos de assédio sexual do qual foi vítima no início da carreira. Recorde-se que em 2021, numa entrevista ao Jornal “Expresso”, Catarina Furtado revelou ter sido vítima de assédio sexual por parte de três pessoas com cargos hierárquicos superiores.
A Bernardo Mendonça, Catarina Furtado falou sobre o motivo de ter revelado o assédio sexual tanto tempo depois. “Eu acho que o Me Too lá de fora teve um impacto muito grande cá em Portugal. E eu fui empulsionada por isso. Durante muito tempo não disse a ninguém. Tenho hoje 51 anos e foi preciso esse me too e assumo isso. Sabia que não precisava sequer de o dizer publicamente para resolver o meu segredo. Porque nem o meu pai sabia, nem a minha mãe sabia. Mas eu não precisava disso porque eu já estava resolvida”, disse.
Entretanto, confessou que falou sobre o que passou “muitas vezes a portas fechadas a várias mulheres. Cada vez que estava entre mulheres, eu falava do meu caso em privado”. Contudo, apesar de falar sobre o que se passou, decidiu nunca revelar os nomes dos agressores. “Achei que não iria dar em nada. Por outro lado tive algum receio da descontextualização na imprensa, e agora não é só na imprensa, é nas redes sociais”.
Além disso, a apresentadora da RTP afirma: “Sou prudente, eu analiso um bocadinho. Achei que era desnecessário”. Entretanto, Catarina destaca: “Em relação a mim, as pessoas já não têm força. Se me é permitido hoje em dia de dizer cara a cara aos meus agressores tudo aquilo que naquela altura eu não consegui dizer, embora consegui dizer não”. Por fim, a apresentadora afirma: “Não acho que seja por dizer nomes que vamos conquistar uma efetiva erradicação do assédio, não é.”