É um dos rostos da TV mais queridos dos portugueses desde que se estreou no pequeno ecrã há 30 anos. À TVMais, Fátima Lopes explica como chegou até aqui sem nunca perder o brilho e com uma carreira sólida de três décadas. “Fazendo uma gestão bastante cuidadosa e, além disso, trato com muito respeito e paixão este meio que eu represento, a televisão. Eu cresci a admirar a TV e entrei nela apaixonadíssima. Por isso, ao fim de 30 anos ainda estou cá com projetos novos, outros desafios e a mudar a linguagem para o documentário humanizado. É bom saber que ainda há muita coisa para fazer.”
E se atualmente o público a pode ver em reportagens para o programa das manhãs da SIC, “Casa Feliz”, de João Baião e Diana Chaves, a partir do dia 4 de novembro vai poder vê-la também no canal Casa e Cozinha. “O convite surgiu há um ano. Aceitei logo fazer o ‘Aqui Há Mão’ porque o programa é a minha cara por ter um conteúdo diferenciador”, revela, que durante vários meses fez uma volta a Portugal para estar com diversos artistas do artesanato nacional. “Foi uma enorme satisfação poder abraçar este projeto e para mim é uma bonita celebração dos meus 30 anos de carreira”, acrescenta Fátima Lopes, e revela que em breve vai começar a gravar a segunda temporada do formato.
“Mantenho-me na SIC”
Sobre a sua relação com a SIC, a apresentadora esclarece: “Mantenho-me na SIC e vou continuar a fazer reportagens para ‘Casa Feliz’ enquanto tiver disponibilidade para isso. Em setembro não consegui fazer nenhuma reportagem por falta de tempo. Mas vou continuar a colaborar com a SIC como até agora e sem qualquer restrição. Até porque nesta casa fui experimentando tudo o que queria fazer”. E recorda: “Estive na Gala dos Globos de Ouro e subi ao palco para apresentar um dos prémios. Sou uma cara da estação”.
Foi, precisamente, no canal de Paço de Arcos que se estreou na TV, em 1994, e permaneceu até mudar-se para a TVI, em meados de 2010. Foram vários os programas que apresentou, mas destaca alguns, em particular. “Nos meus 30 anos de carreira, quero olhar para os programas em que cresci mais e o balanço que faço é que foi com o meu primeiro programa, Fátima Lopes, e o SIC 10 Horas. Ainda na SIC, amei fazer o Surprise Show e o All You Need is Love”, destaca.
Quanto à sua passagem pela estação de Queluz de Baixo, que deixou em 2021, a comunicadora realça: “Gostei muito de fazer A Tarde é Sua e sempre que fiz o Somos Portugal, que me permitiu ir para junto das pessoas. Este programa foi bastante importante para o meu crescimento e estou grata à TVI por me ter dado essa oportunidade. Adorei o Pequenos Gigantes e Conta-me Como És”.
“Quero experimentar outras coisas”
Aos 55 anos e a celebrar 30 de carreira recheada de programas de sucesso, que deram que falar e foram líderes de audiência, o que falta a Fátima Lopes fazer no pequeno ecrã? A sua resposta é surpreendente: “Milhares de coisas porque a TV vai mudando. Quando comecei a ver os conteúdos de comunicação humanizados, pensei que gostava de fazer isso na linha do documentário e a primeira experiência foi com o projeto ‘Mudar para Melhor’, que está no YouTube, no canal Brands Channel. Correu muito bem e quando surgiu o convite do Casa e Cozinha fiquei contente por poder continuar a trabalhar nesta linha que gosto tanto”. E a apresentadora revela o seu segredo: “Enquanto a TV muda com a realidade, eu consigo ir adaptando-me e experimentado coisas novas. Acho que vou morrer a querer ser criança, na medida em que quero sempre experimentar outras coisas”.
Para Fátima Lopes, a idade não é um problema e vai continuar a ir atrás dos seus sonhos, como sempre fez. “Não há idade para se deixar de sonhar e nos podermos reinventar. Não devemos ser reféns da idade e nunca devemos dizer que não, vale a pena recomeçar.” Foi sempre isso que a guiou ao longo dos seus 30 anos de carreira e desde cedo passou aos seus filhos, Beatriz, de 23 anos, e Filipe, de 15, essa sua atitude perante a vida: “Digo-lhes sempre que deitar a toalha ao chão não é uma opção”. E ela é uma mãe muito babada: “Tenho muito orgulhos neles”.
Sem saudades dos programas diários
Nos seus 30 anos de carreira apresentou vários formatos diários, quer de manhã quer de tarde. Afastada dessa rotina desde 2021, será que não sente saudade? “Não”, responde sem qualquer hesitação na voz, e revela: “Tenho uma liberdade de agenda que é muito boa. Sou eu que faço a minha própria agenda e sou eu que decido se aceito ou não fazer um determinado projeto”.
Nesta fase da sua carreira, a apresentadora privilegia o contacto com as pessoas fora do estúdio, ou seja, o contrário do que fez durante tantos anos. “Neste momento, faz-me sentido fazer a TV que estou a fazer. Vou aos sítios das pessoas e não são elas que vêm até mim. Antes, o estúdio era a minha segunda casa e eu recebi as pessoas, agora são as pessoas que me recebem na casa delas. É uma experiência diferente, só que muito boa. De grande proximidade. Isso é maravilhoso”, conclui.
A viver um bom momento profissional, a estrela da SIC e Casa e Cozinha está igualmente numa fase boa a nível pessoal, tendo reencontrado o amor ao lado de Jorge Cristino. “Estou muito feliz”, disse sobre a relação, que já tem algum tempo.