O sorriso de Sofia Alves é contagiante. Rosto de muitos sucessos da ficção nacional nas últimas décadas, continua a manter a simpatia que sempre lhe conhecemos. Não diz que não a uma fotografia ou a uma palavra de conforto a quem quer que seja. A gravar a um ritmo intenso, rumou a Belmonte por ocasião de uma nova fase de “A Promessa”. E, mesmo cansada dos dias de gravações, partilhou abraços e histórias curiosas num evento promovido pela câmara municipal local. “Não conhecia nada de Belmonte e estou a adorar. Brevemente voltarei cá fazer uma visita turística, porque é muito, muito bonito. Estou encantada”, começou por partilhar Sofia Alves, que nesta entrevista assume já pensar na reforma.
Na rua, tem sentido muito o sucesso da novela. “Este drama sempre presente e também esta componente rural são muito importantes na história. E aí, se as pessoas se identificam e vêm ter comigo, dão opiniões. E há alguém que às vezes nos chama a atenção e diz ‘não devia ter ajudado a Verónica’. Estão constantemente a dar-me na cabeça, a dizer ‘abra a pestana, aquela filha, não sei como é que aguenta’. É bom sinal. É sinal que a Joana está a fazer um papel extraordinário”, confidencia, entre risos.
Sofia Alves já pensa na reforma: “Não tenciono trabalhar até muito tarde”
Sofia Alves ainda conjuga a rodagem da trama com a digressão da sua peça de teatro, “Amigos com Benefícios”, pelo País. “Continuo em digressão, não paro. Estou a semana toda a gravar e tenho o domingo para me organizar. Mas nem sempre. Às vezes também tenho espectáculos ao domingo. Mas sou muito feliz a fazer isto”, garante, de sorriso orgulhoso. E, a cerca de um mês e meio do término das gravações de “A Promessa”, o balanço não podia ser mais positivo. “Esta novela foi muito intensa, mas passou-se muito bem. Tem um ambiente extraordinário. O elenco é muito bom, e aquilo que sinto é que passou rápido. Parece que começou ontem e já vai acabar. Sou muito feliz a fazer isto. Então estou mesmo contente”, acrescenta.
Após o final das gravações, vai continuar com a digressão da sua peça, até porque continua a ser uma workaholic. “Adoro poder ir às diversas zonas com a peça, conversar com as pessoas. Tem sido uma alegria, levar o teatro a todo o lado. E esta peça é muito especial.” Mesmo com algum cansaço acumulado, Sofia Alves vai sempre buscar energia ao trabalho. Ainda assim, já começa a pensar em abrandar. “Poder estar na minha casa em Viseu, na minha horta, isso dá-me anos de vida. É a felicidade que eu quero. Não tenciono trabalhar até muito, muito, muito tarde. Tenciono retirar-me. Claro que não é já, mas acho que há uma fase na vida em que nós também temos que nos sentir realizados e dedicar-nos um bocadinho e perceber que a vida é mais do que o trabalho, não é?”, finaliza.