“Já vi várias cenas da novela e garanto que está muito melhor do que poderia imaginar!”, afirma, entusiasmado, António Barreira, o autor de “Destinos Cruzados”, que estreia este mês, na TVI. Dono de um Emmy, que ganhou com a novela “Meu Amor”, e nomeado novamente este ano por “Remédio Santo”, não podia estar mais satisfeito com o seu novo “bebé”, quase a chegar ao pequeno ecrã: “Sempre escrevi com o máximo empenho e dedicação, e nesta eu e a minha equipa estamos a dar o litro. A concorrência obriga-nos a estar mais atentos e a dar mais ritmo à história”. Apesar de admitir que se preocupa com as audiências, garante que “Destinos Cruzados” vai agradar, pois “tem uma realização inovadora, uma iluminação quase cinematográfica e todos os atores estão no ponto certo”. E Barreira confirma que estes são essenciais: “Sou um abençoado pelos elencos que me dão”. Com um leque de atores carismáticos e populares, o autor sente que as personagens que criou estão bem entregues. “A história conta com personagens femininas muito fortes e baseei-me, como é habitual, em pessoas com que me cruzo e conheço.” É o caso da cantora Liliane Marise, interpretada por Maria João Bastos. “Nos anos 90, trabalhei na Rádio Vidigueira, como locutor e autor de rádio-novelas, emitidas pela estação. Naquela altura, conheci muitos cantores de música ligeira, de quem sou amigo ainda hoje. Esta personagem foi inspirada nesta minha experiência”, conta. A cantora “pimba” tenta retomar uma carreira na música após vários anos afastada. “Ela casou-se com um homem ciumento, adotou uma menina em África, numa das suas digressões e, alguns anos depois, enviúva. É aí que tenta voltar à ribalta, mas a realidade agora é diferente e ela vai ter de vender a alma ao Diabo”, levanta o véu.
António Barreira fala sobre “Destinos Cruzados”
Com boas personagens e um leque de atores “no ponto certo”, o autor acredita que vai agarrar o público