Aassim que João (Diogo Lopes) vê Inês (Mariana Monteiro) chegar à Igreja dos Clérigos, no Porto, de vestido branco ao lado de Henrique (João Reis), o rapaz não esconde a alegria e o sorriso transmite tudo aquilo que lhe vai na alma.
Para trás ficaram os momentos dramáticos de quando a namorada descobriu que estava paraplégica, depois de uma aparatosa queda cavalo. Aliás, Inês chega mesmo a pedir ao namorado que se afaste dela.
“Ela vai revoltar-se e passa por várias fases, mas é curioso que nunca chega a ficar amarga. Ela é uma lutadora”, garante Mariana Monteiro, no dia em que gravou esta sequência na sua cidade-natal. “Nunca tinha estado na Igreja dos Clérigos. É até uma vergonha dizer isto!”, conta a atriz, contente com esta viragem da sua personagem. “Está a ser extremamente desafiante. É um ponto alto na minha história. Deram-me várias cenas de grande conflito interno e de uma exigência maior. A Inês vai ter de aceitar a condição e esse processo vai ser duro”, explica, a propósito de ter de lidar com uma personagem que descobre que está confinada a uma cadeira de rodas.
Apesar de tudo, vai contar com o apoio de João, o seu namorado. “Eles inicialmente casam-se no hospital e pelo civil. Mais tarde vão à igreja. Para o João não é um obstáculo ela estar de cadeira de rodas”, garante Diogo Lopes, que é a favor da decisão da sua personagem. “O amor, quando é amor, resiste a tudo. Na saúde e na doença. Só assim faz sentido”, afirma o jovem ator, que elege este trabalho como um dos mais gratificantes que fez até agora. “Tem sido um desafio enorme e um prazer imenso. Ele já passou por vários dilemas, é um rapaz bastante sofrido, mas acho que vai correr tudo bem.”
Na igreja, João e Inês unem as mãos direitas e trocam alianças. Ela é a primeira a revelar os seus votos, agradecendo o apoio que o noivo lhe deu nesta fase tão delicada da sua vida. João emociona-se com as palavras da amada e as lágrimas também teimam em aparecer. “Amo-te e vou amar-te sempre”, garante-lhe ele, sincero. O padre dá por finalizada a cerimónia com o clássico: “O noivo pode beijar a noiva!” Eles assim fazem e os convidados aplaudem, radiantes.