Helena Isabel esteve este domingo, dia 10, na rubrica “Entre Deus e o Diabo, de José Eduardo Moniz, no “Jornal das 8”, para falar sobre violência doméstica. No noticiário da TVI, a ex-concorrente de “Casa dos Segredos” falou sobre uma fase que viveu ao lado de um namorado. “Estas pessoas não demonstram logo o que são”, começou por alertar, adiantando que, no início do namoro, tudo era feliz. Contudo, os problemas acabaram por surgir, com a jovem a adiantar que o ex-companheiro ameaçou suicidar-se por diversas situações, por não conseguir “lidar com contrariedades”.
Perante tais situações, Helena Isabel admite que pediu ajuda à APAV, tendo sido alertada pela instituição para a situação de perigo que estava a viver. A jovem admite que terminou o namoro, mas que acabou por reatar, por ter esperança na mudança. Contudo, tudo voltou a piorar há cerca de um ano: “Ele meteu-me no chão em questão de segundos e sofucou-me. Só tive tempo de pedir ajuda. Ajuda essa que o meu vizinho do quarto ouviu-me”. A jurista acabou por ser socorrida após mais de uma hora de pânico e desespero. “Ele fechou-me em casa e tirou-me o telemóvel”, admite, adiantando que nesse dia chamou a polícia e que tem “vergonha” de recorda o episódio.
O ex-namorado de Helena foi levado pela polícia, mas acabou por voltar a procurá-la por diversas ocasiões: “Ele fazia muitas esperas”. Apesar de a situação estar mais calma, Helena admite que o pesadelo ainda não terminou: “Passou um ano, e há um ano que eu estou sem proteção nenhuma. De que me serva a teleassistência?”
Helena diz que a situação apenas chegou ao fim porque, enquanto jurista, escreveu uma carta ao Ministério Público com uma proposta de acordo: “Pedi um pedido de desculpas público e pulseira eletrónica”, adianta, revelando que soube que o ex-namorado foi obrigado a usar pulseira eletrónica durante oito meses, sendo ainda levado a pagar-lhe 1500 euros de indeminização, sendo que outro montante igual teria de ser dado a uma instituição.
Atualmente “liberta”, Helena fala deste caso para ajudar outras pessoas que podem estar a viver situações semelhantes. Após a transmissão da entrevista, a jovem fez novas declarações nas redes sociais, terminando com um apelo e uma mensagem de esperança:
“Ficou muito por dizer.. É preciso dar novos passos relativamente a este fenómeno!
Entre o período em que apresentamos queixa até à decisão do MP nós, as vítimas estamos por nossa conta!
São precisas medidas de coação mais gravosas para combater este sentimento de impunidade!
É preciso tratar deste flagelo apartir do momento em que se apresenta a queixa!
A condenação não basta! Todos os arguidos têm que ser tratados! Deveriam de frequentar obrigatoriamente consultas de psiquiatria! A condenação não lhes “cura” a mente insana! Os surtos psicóticos!
Todos os agressores deveriam de ficar com cadastro mesmo quando existe acordo entre ambas as partes.
E as vítimas deveriam de receber igualmente acompanhamento.. porque tantas vítimas quanto eu, continuam emocionalmente ligadas ao agressor.. No amor não há violência, no amor não pode haver violência! Não podem haver faltas de respeito.. mas a esperança que aquele caso seja isolado continua a agarrar-nos aquela pessoa..
Assumo que continuo a travar uma batalha contra mim mesma.. ressaco lhe o cheiro.. Continuo a “amar” mas com a consciência de que este amor é irracional e inconcebível .. esta consciência já me ajuda a não voltar atrás!
Não desistam!
Não mostrem medo..”