Houve projetos que surgiram entre Ouro Verde e A Teia aos quais não achei graça nenhuma”, confessa Diogo Morgado, explicando a sua ausência dos nossos ecrãs. “Não me identificava com eles, não me traziam nada e não aceitei.” Mas tudo mudou com a série das noites da TVI. “Em A Teia havia a questão da relação com a filha, a de estar envolvido em lutas, de estar desconfortável na vida podendo estar confortável, tudo por uma convicção, e identifiquei-me muito. Rapidamente aceitei. Foi um grande desafio!”, considera.
E a repercussão na rua tem sido muito grande. “As pessoas comentam as cenas, têm uma opinião e é nesse momento que sinto que está a resultar.”
Para já, não sabe se regressa em breve à TV: “Tudo pode acontecer. Neste momento, tenho tudo em aberto”.
Fiel às suas raízes na margem Sul do Tejo, não se vê a mudar de vida. “Porque havia de perder as raízes, aquilo que sempre fui? É isso que faz sentido, o que importa quando se chega a casa. Somos todos feitos da mesma coisa”, refere. “Temos todos sonhos, medos, o que nos motiva é que pode ser diferente. Se não for assim, desligo-me do que é a vida e não pretendo que tal aconteça.”
E é com essa liberdade que vive a sua relação com os filhos, Santiago e Afonso, de 9 e 2 anos, do casamento com Cátia Oliveira. “Não gosto de impor, dou-lhes opções que os façam pensar. Quanto mais se disser a uma criança para não fazer, mais ela o vai tentar. Mas se disser Se fizeres isto, pode acontecer aquilo, ela fica a pensar. Acredito que a vida é isto”, revela o ator que espera ser “um bom pai, atento e que os deixe fazer o seu caminho. É essa a minha pretensão”.
Base em Portugal
Entretanto, o facto de ter feito sucesso nos EUA abriu-lhe outro mercado. Mas não pretende apenas trabalhar lá. “O sucesso também me fez ver o que era importante para mim. Nunca entrei nisto por dinheiro ou por ego, mas por paixão.” E sempre teve trabalho em Portugal. “É cá a minha base, a fazer coisas que realmente pretendo fazer, as minhas histórias, produzir as minhas coisas, trabalhar com gente de quem gosto”, explica, referindo-se também ao seu filme, “Solum”. E mantém sempre tudo em aberto. “Não fecho as portas a absolutamente nada.”
Diogo Morgado sobre ‘A Teia’: “Foi um grande desafio”
Encantado com a sua personagem, o ator procura trilhar o seu próprio caminho com segurança, mantendo-se fiel às suas raízes.